Câmara de Capivari de Baixo: Oposição é solidária à presidência

Zahyra Mattar
Capivari de Baixo

As declarações do presidente da câmara de vereadores de Capivari de Baixo, Valmiro Miranda da Rosa (PMDB), o Bila, para justificar o gasto de quase R$ 47 mil em diárias para cursos, são reiteradas até mesmo pela oposição. Ontem, os vereadores progressistas Onassis da Silva, o Tibica, e Ricardo Arboite procuraram o Notisul para reforçar as palavras do presidente, mostrar os certificados dos cursos e explicar como funciona a liberação de diárias na câmara.

Conforme Ricardo, ex-secretário de saúde do município, a polêmica e insinuações a respeito do uso de diárias, na verdade, trata-se de ‘fogo amigo’ direcionado especificamente ao presidente do legislativo. “Bila faz um mandato como nunca visto antes na câmara de Capivari. Este respeito e união entre os vereadores deve incomodar. Afinal, nós (a oposição) somos a minoria e Bila não deixa de nos atender. Pelo contrário, todos têm o mesmo tratamento”, confere o vereador.

A opinião de Ricardo é compartilhada pelo colega Tibica. “É uma briga financeira entre o legislativo e o executivo”, arremata Tibica. O problema, explica, está na devolução das sobras do duodécimo (R$ 175 mil por mês) no fim do ano. “Sempre era devolvido cerca de R$ 800 mil para a prefeitura. Com investimentos em cursos e outras necessidades para melhorar a casa do povo, não vai sobrar tanto”, sugere Ricardo.

Quanto a diárias gastas nos cursos, os vereadores explicam que, para uma viagem para dentro do estado, recebem R$ 150,00 (para os funcionários o valor é de R$ 75,00). Para outros destinos o montante é de R$ 300,00 (para os funcionários: R$ 150,00). Quando precisam pernoitar devido ao compromisso, o valor da diária dobra em ambos os casos.

Ricardo explica ainda que tudo é autorizado pela presidência. Nas viagens de mais dias, o dinheiro é liberado, em cheque, antes de embarcarem. Nas curtas, o pagamento é feito depois, mediante a apresentação de comprovantes. Nada de recibos, somente são aceitas notas fiscais. “Nenhum de nós quer ir para a tribuna fazer papel de bobo. Não entendo toda esta polêmica”, posiciona-se Ricardo.
Hoje, todos os vereadores e quatro funcionários farão um curso em Criciúma. Retornam no fim do dia e a diária será paga com o orçamento da casa.