Cães e gatos são vacinados contra a raiva

Gravatal

A campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos teve início ontem, no bairro Indaial, em Gravatal. Cerca de 500 animais foram vacinados. O bloqueio contra a raiva é uma realização da prefeitura de Gravatal, Capivari de Baixo, Pescaria Brava, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) com o apoio da Unisul, Cidasc e regional de Saúde.

Após três décadas Santa Catarina registrou o primeiro caso de raiva humana com morte, por causa de mordida de um felino na zona rural. De acordo com o gerente de Zoonoses da Dive/SC, João Fuck, a partir desde caso será feita uma ação de bloqueio, que terá início na residência da paciente.“É importante reforçar que esta ação só vai ocorrer em vista que a variante que está circulando é a do morcego. Uma transmissão que se dá em ambiente silvestre. Santa Catarina continua livre da que ocorre no círculo urbano, por isso, não precisamos desenvolver uma campanha em todo o Estado. É uma ação localizada, embora é importante reforçar para toda a população que vacinem seus animais. Tanto o de estimação quanto para os proprietários rurais que vacinem os animais de produção. Essa é a melhor forma de evitar que eles contraem a raiva e tramitam para os seres humanos”, observa.

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o ser humano. É considerada uma zoonose, ou seja, é uma doença que pode ser transmitida dos animais para o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda, letal em aproximadamente 100% dos casos.

É transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, mas também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. A vacinação anual de cães e gatos é uma medida eficaz de prevenção da raiva nesses animais e, consequentemente, da raiva humana. A ação pretende atingir uma cobertura de 100% dos animais e manter a raiva controlada.

A raiva estava controlada e sem apresentar registro de casos em humanos há 38 anos no Estado, mas ainda oferece risco devido ao alto número alto de morcegos, cachorros e gatos, principais transmissores do vírus. Caso uma pessoa seja mordida por um desses animais, deve-se lavar o local machucado imediatamente, com água e sabão, e procurar a unidade de saúde mais próxima, onde receberá os primeiros cuidados.