Bombeiros de Brumadinho chegam para ajudar Moçambique após ciclone

Chegam neste domingo, 31, a Moçambique bombeiros de Minas Gerais que atuaram nos trabalhos de busca da tragédia de Brumadinho.

O efetivo de 20 homens embarcou na última sexta-feira do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.

Eles devem chegar à cidade de Beira na tarde de domingo para participar das operações por 15 dias. A cidade é a segunda maior do país e foi 90% destruída pela passagem do ciclone Idai no último dia 14.

A tragédia

O Idai varreu a região com ventos de mais de 170 km/h e fortes chuvas.

A tempestade danificou casas, provocou inundações e destruiu a cidade de Beira, além de causar estragos em Zimbábue e no Malaui.

O número de mortos nos três países atingidos pelo ciclone subiu para 746 neste sábado, 30.

O governo de Moçambique confirmou o registro de 271 casos de cólera, além de outras doenças transmitidas pela água contaminada.

Mais de 100 mil pessoas estão alojadas em abrigos de emergência, em sua maioria escolas.

Zimbábue e Malawi também foram atingidos e lutam para se recuperar da destruição causada pelo ciclone. Por enquanto, contabilizam 259 e 56 mortos, respectivamente.

Ao todo, quase 2 milhões de pessoas foram afetadas na região.

Ajuda

Assim como o Brasil, Moçambique integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Diante da tragédia, a organização criou um Fundo de Solidariedade para ajudar as regiões atingidas.

Com o desastre humanitário causado pela passagem do ciclone Idai, governos e fundações de diversos países anunciaram esforços para oferecer ajuda à população afetada, especialmente em Beira, onde o estrago foi maior.

O Brasil, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, enviou dois aviões de transporte modelo Hércules C-130, que pertencem à Força Aérea Brasileira (FAB), com 40 especialistas em busca e salvamento, sendo 20 integrantes da Força Nacional e 20 bombeiros militares de Minas Gerais.

O Itamaraty também anunciou o envio de seis kits com medicamentos e insumos básicos de saúde. Ao todo, eles podem atender, emergencialmente, nove mil pessoas, por até um mês.

O governo brasileiro também anunciou o envio de 100 mil euros – quase 500 mil reais – “para apoiar o governo de Moçambique” com ajuda humanitária.