Bombeiro faz pedido de casamento durante treinamento em Laguna; ‘Inesquecível’, diz noiva

Eles são treinados para agir nas mais variadas situações. Desde o combate a um pequeno incêndio à uma operação de resgate que envolve técnica e extremo cuidados. Em Laguna, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) mantém um centro de treinamentos para seus componentes que é referência nacional. Mas na última quarta-feira (22), o que era para ser uma aula normal de ensinamentos sobre as melhores formas de extinguir um incêndio, deu lugar a algo que ninguém esperava. Ou melhor, que apenas uma pessoa ali não sabia o que estava por vir.

Para que você entenda o que ocorreu, é preciso voltar um pouco no tempo. Há cinco anos, Fabíola Claudino Sampaio, 30, se formou como bombeira comunitária no quartel de Tubarão. Anderson Cardoso, 49, que hoje responde pela coordenação da Defesa Civil na Amurel, era um dos sargentos da corporação na cidade azul. Hoje, cada um tem sua versão para contar a história de como começaram a namorar. Ele diz que foi ela quem correu atrás. Já ela diz que foi ele. O fato é que se aproximaram ali mesmo e iniciaram o relacionamento em 2018. Sem muitas formalidades, apenas deram espaço para o amor que nutriam entre si.

Esse romance sem um pedido formal de namoro e de noivado, sempre motivou brincadeiras entre os dois. “Ela sempre brincava comigo que não éramos casados, e que não tínhamos uma data especial do nosso relacionamento”, relata o sargento. Fabíola também dizia que Anderson já tinha feito de “tudo e que nada poderia surpreendê-la”. Foi pensando nisso que cerca de um mês atrás, surgiu a ideia.

Como ambos participariam de um treinamento em Laguna, o cenário estava escolhido. “Era só colocar fogo, convidar os bombeiros para participarem e pronto”, resume Anderson. Para oficializar a ideia, o comandante da corporação e um dos instrutores do curso, tenente Henrique Schuelter Nunes também entrou na ação para auxiliar nas estratégias.

Arquivo pessoal

No dia, como combinado, eles entraram no contêiner de treinamento. Era para porem em prática as técnicas ensinadas por Schuelter. Anderson foi na frente e ela o seguiria com a orientação de que não perdesse o contato visual. Sem muita iluminação e cercados por fumaça, caminharam por dentro do espaço. Em um dos pontos, onde o fogo se concentrava, ele conseguiu o que ela dizia ser impossível: a surpreendeu.

Com uma cartolina chamuscada, fez o pedido: “Fabíola, aceita casar comigo?”. Ela respondeu, no padrão militar: “Sim, senhor!”. De joelhos, o sargento estendeu a aliança para oficializar. “Estava desconfiada, mas não sabia como e nem onde. Se me perguntasse antes, se ele teria coragem de fazer aquilo, diria que não. Foi incrível, inesquecível. Só de lembrar, fico emocionada. O que passou na minha cabeça era só gratidão, por ter encontrado alguém tão maravilhoso, tão especial, que faz de tudo pra me ver feliz, e aquilo foi uma demonstração do que ele faz por mim todos os dias. Ele juntou o que amamos fazer, e transformou em um pedido extraordinário”, diz a noiva. “Agora tem data especial e com testemunhas”, acresce o noivo.

A data do casamento ainda não está definida, mas deve ser fixada em novembro, logo após Anderson concluir um curso. Apesar de distante, eles tiveram uma amostra do que receberão ao final da cerimônia, claro, à moda da corporação. É comum que os convidados de um casamento joguem grãos de arroz para os casados. Em Laguna, foi diferente. os noivos receberam um banho de água, costume que para os bombeiros marca a conclusão de um ciclo e o início de outro.

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Fonte: Agora Laguna