Bolsas feitas com garrafas peti reduzem o lixo

Amanda Menger
Tubarão

Nunca se falou tanto em proteção ao meio ambiente como nos últimos anos. Para a dona de casa Maria Neusa da Silva Pedroso, de Tubarão, não adianta apenas discutir o assunto. É preciso partir para a ação. Há três meses, ela aprendeu a fazer bolsas com garrafas peti (aquelas de refrigerante) com uma amiga e garante que sua consciência está tranqüila com a preservação da natureza. “Cada bolsa leva em média 28 garrafas, já usei mais de 500. Imagine quantas delas poderiam ter parado dentro do rio Tubarão?”, questiona.

Para fazer uma bolsa, Maria Neusa leva dois dias em média. “É preciso lavar, porque vêm sujas, depois cortar em tiras e montar as peças”, explica. O trabalho é feito em conjunto com o marido, que ajuda a dona de casa a cortar as garrafas. Maria Neusa criou dois modelos. O pequeno é vendido a R$ 30,00 e a grande a R$ 60,00. “As bolsas têm esse preço porque metade é gasto só com as miçangas, com as alças e com as garrafas. Hoje, preciso comprar de um senhor que recolhe do lixo, porque não se encontra mais tão facilmente como antes”, relata.

Além da preocupação com o meio ambiente, a confecção das bolsas é uma terapia para a dona de casa. “No começo foi difícil, não conseguia fazer as emendas, minha neta me ensinou. Agora, mesmo sem vender muitas peças, continuo fazendo. Se vendo uma, já fico feliz. Procuro fazer algo diferente, com outras cores, é uma distração”, avalia. Maria Neusa atende a encomendas. O telefone de contato é 3626-8883.