Área Azul: Caiuá aceita valor para rescindir o contrato

Carolina Carradore
Tubarão

O gerente da empresa Caiuá, Hélio Mizubuti, estará em Tubarão na próxima segunda-feira para acertar as contas com a prefeitura e rescindir o contrato dos serviços de estacionamento rotativo. Hélio tem pressa em resolver a situação com o município, especialmente porque segunda-feira é o dia em que termina a prorrogação do prazo de suspensão dos trabalhos da Caiuá em Tubarão.

A rescisão de contrato com a empresa é única pendência para que a prefeitura possa, definitivamente, encampar os serviços da Área Azul. A autorização do legislativo para isso foi aprovada no começo desta semana.

“Não vamos, em momento algum, prejudicar a cidade”, enfatiza Hélio. Ele antecipa ainda que aceitará os R$ 54.858,94, valor aprovado pela câmara, para rescindir o contrato, mas não descarta a possibilidade de acionar a justiça para reavaliar a indenização.

“Vamos aceitar este valor para não atrapalhar o município, mas ainda estudaremos a possibilidade de buscar a diferença, pois fizemos muitos investimentos na cidade”, considera o gerente.
Hélio não quis citar os cálculos feitos pelo setor jurídico da empresa. Contudo, no mês passado, a Caiuá havia sinalizado uma indenização avaliada em mais de R$ 200 mil.

E depois?
Após acertar as contas com a Caiuá, a prefeitura de Tubarão estará livre para abraçar de vez os serviços da Área Azul. A secretaria de segurança e trânsito ainda estuda o método que implantará na cidade. Uma das possibilidades é manter os parquímetros por um período mínimo de seis meses e permanecer com a utilização do modelo de cartão. Outra proposta é a elaboração de um convênio junto a uma entidade, que ficaria responsável por operar o sistema. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) foi cotada para isso.

Entenda o caso

Em fevereiro deste ano, o juiz Júlio César Knoll suspendeu a fiscalização da Área Azul por parte da Caiuá, após um pedido de liminar formulado pelo Ministério Público. Na época, tanto o município como a empresa estavam impedidos de emitir os “avisos de irregularidades”, elaborados pelas monitoras do estacionamento rotativo.