Ainda as chuvas… Fim de alagamentos dependem de obras

Amanda Menger
Tubarão

Cada vez que chove, os moradores do bairro Dehon já sabem: as ruas ficarão alagadas. Se morarem na rua Simeão Esmeraldino de Menezes (que liga a rodoviária à Unisul) ou na Padre Geraldo Spettmann (da rodoviária), pode ser que nem consigam sair de casa, dependendo do volume de água. Em janeiro, as duas vias tiveram o trânsito interrompido e o atendimento da rodoviária precisou ser transferido para um posto de combustíveis.

Essa realidade pode mudar. A expectativa é não só da comunidade, como também do poder público. E a resposta pode vir nas próximas semanas, com a aprovação de dois projetos apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro. “Um deles é o de drenagem, orçado em R$ 3,1 milhões. Essa obra será executada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), porque faz parte da duplicação da BR-101. Queremos que eles adiantem esses recursos para que o trabalho seja feito o mais rápido possível”, explica o secretário de planejamento da prefeitura de Tubarão, Edvan Nunes.

Essa obra de drenagem recolherá as águas pluviais do bairros Humaitá e Dehon. “Em alguns pontos, será preciso mudar a tubulação, aumentando o diâmetro dos canos. À prefeitura caberá dar o suporte e também refazer a pavimentação das ruas onde isso for necessário. A rede de drenagem começará nas margens da BR e irá até a rua Luiz Pedro de Oliveira, que sai ao lado da secretaria de desenvolvimento regional de Tubarão”, afirma Edvan.

Estações elevatórias reduzem os problemas
Para reduzir ainda mais os problemas de alagamentos no bairro Dehon, em Tubarão, além da drenagem, está a implantação de duas estações elevatórias. Uma delas será instalada no fim da rua Padre Geraldo Spettmann (da rodoviária), próximo à ponte Nereu Ramos. A outra será na comunidade do Pantanal, próximo ao Seminário Nossa Senhora de Fátima.

“Essas estações são bombas que puxam a água do sistema de drenagem pluvial e ‘jogam’ por cima da água do rio. Elas são acionadas quando o rio atinge a cota do bairro, no caso o Dehon, 4,70 metros. Sem a estação elevatória, em vez de escoar para a calha do rio, a água volta para a rede de drenagem e até puxa a do rio. É por isso também que alaga as ruas”, esclarece o secretário de planejamento da prefeitura, Edvan Nunes.

Hoje, Tubarão conta com duas estações elevatórias. Uma na rua José Acácio Moreira (da Unisul), próximo ao prédio da antiga Telesc e outra na rua Lauro Müller, ao lado da ponte Dilney Chaves Cabral. “A da Telesc é a mais antiga e deve ter a capacidade ampliada. Ainda não definimos as mudanças. Já a da Lauro Müller, foi instalada em novembro de 2002, e evita os alagamentos nas ruas Tubalcain Faraco (do Notisul), Padre Bernardo Freuser (da Escola Técnica de Comércio) e avenida Marcolino Martins Cabral”, explica Edvan. As novas estações estão orçadas em R$ 480 mil.