Agronegócio no Vale: Em busca de crédito

Wagner da Silva
Braço do Norte

Uma comitiva de Braço do Norte esteve reunida na última semana com o gerente de mercado de agronégocio do Banco do Brasil, Marcelos Santos do Canto, para agilizar a liberação de linhas de crédito para a região.
Durante a reunião, que durou duas horas, os participantes apresentaram números e fizeram questionamentos. Segundo a comitiva, o momento é bom para agricultura, mas depende da liberação de aproximadamente R$ 4 milhões em linhas de créditos, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

“A região depende da agricultura e do crédito. Este valor deixa de circular no comércio, pois os créditos dos projetos não são liberados devido à demora. Em outros municípios, o acesso ao crédito é mais rápido. Apresentamos nosso anseio e aguardamos a iniciativa da agência”, afirma Adriano Shueroff, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Braço do Norte.

Para o diretor do Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Clayton Della Giustina Coan, a iniciativa foi importante, já que a liberação de credito afeta diretamente o comércio. “Sabemos da importância do Banco do Brasil para a atividade em nossa região. Com a liberação dos créditos, pequenos e médios produtores poderão investir na sua propriedade e isso reverte em circulação de valores no comércio”, explica Clayton.

Representante do banco aposta em organização

O gerente de mercado do agronegócio do Banco do Brasil, Marcelo Santos do Canto, enfatiza a importância da reunião realizada com a comitiva e diz que o banco tem interesse em aproximar as discussões. Ele considera necessária uma melhor estruturação, organização e empenho de sindicatos e instituições para revitalizar o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR). “Há um grande interesse da região. Neste conselho, o banco tem uma vaga e participação ativa, assim podemos discutir, conhecer as dificuldades de cada um e apresentar as linhas de crédito adequadas a cada situação, além das limitações”, ressalta.

Marcelo acredita que, no início de 2009, uma nova reunião será agendada. “Como fomentadores, apostamos na organização deste conselho. Se ele (CNDR) não for articulado, para reunir os diversos sindicatos e instituições da região, teremos maior dificuldade em oferecer os benefícios necessários ao setor”, alerta.