Aeroporto de Jaguaruna completa 2 anos em operação

Lotação das aeronaves viraram rotina. Terminal jaguarunense ganha, a cada voo, maior procura para as viagens

Priscila Ladislau
Jaguaruna

O movimento frequente no Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, em dois anos de operação projeta um crescimento ainda maior em relação à infraestrutura e movimentação de passageiros. Hoje, são duas empresas aéreas: Latam e Azul, atendendo quase 15 mil pessoas ao mês.

“Este é um resultado de uma parceria que em Santa Catarina dá certo, a público-privada. Chegamos em Jaguaruna em 2014 e agora, com dois anos de operação, não podemos deixar de pensar e planejar. O aeroporto é um diferencial para a região”, reconhece o gerente geral Fernando de Castro. Hoje, os passageiros têm à disposição quatro voos diários com ligação direta ao Estado de São Paulo: Campinas e Congonhas, e indiretas com aeroportos do mundo.

Ter um aeroporto em pleno funcionamento na região trouxe comodidade para aqueles que desejam viajar. Mário César dos Santos e a esposa, moradores de Pescaria Brava, foram esta semana para Porto Seguro, partindo do Humberto Ghizzo Bortoluzzi. “Saímos de casa com pouco mais de duas horas antes do voo. Se tivéssemos que ir a Florianópolis, este tempo dobrava. Ganhamos tempo e conforto”, observa Mário César.

Para o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) em Tubarão, Nilton de Campos, o investimento e aposta no empreendimento feita pelo governo do Estado mostra que o Sul ainda vai evoluir muito. “Para se ter uma ideia, já existe planejamento em aumentar a pista e o terminal, e futuramente preparar para o transporte de cargas, o que vai revolucionar a demanda comercial do Sul do Estado. O Regional já é grande e ficará ainda maior”, projeta.

Em 2016, levou somente seis meses para movimentar todo o volume de aeronaves e passageiros de 2015 todo. Foram 1.384 pousos e decolagens da aviação civil e geral em 2015, o que totalizou 32.296 passageiros. Já em 2016, até junho, a marca foi superada com facilidade, atingindo o número de 32.483 clientes embarcados e desembarcados. A lotação das aeronaves viraram rotina.

Futuro do aeroporto:

O estudo para as adaptações à viabilização do transporte de cargas é executado pelo governo do Estado. Ao que tudo indica, o Regional Sul voltará à sua primeira função, de quando foi projetado no fim dos anos 1990. Na época, seria apenas para o transporte de cargas, mas precisou passar por transformações e foi viabilizado para o transporte de passageiros. As mudanças ocorreram para reduzir os custos da obra. A proposta do governo é ampliar a pista, em largura e comprimento, para que o aeroporto possa realizar o transporte de cargas. A estrutura atual possui pista com 2,5 mil metros por 30 metros. Para trabalhar com cargas, a ampliação prevista é 3,7 metros de comprimento por 45 de largura.