‘A Unisul volta a ser aquela, com força, vibração e com o seu projeto de educação, em Tubarão’, afirma o reitor Mauri Heerdt

Tubarão

Representantes da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), da prefeitura de Tubarão e do grupo Ânima participaram nesta quinta-feira (14) de uma entrevista coletiva no salão nobre da instituição tubaronense. Um dia antes, o grupo Ânima e a Fundação Unisul vieram a público informar o acordo de parceria entre as duas instituições, que prevê a opção da Ânima de assumir a administração da instituição catarinense em janeiro de 2021.

 

As empresas farão gestão compartilhada no próximo ano, enquanto esperam aprovação para o negócio pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). De acordo com o reitor da Unisul, Mauri Heerdt, nos últimos anos as atitudes da instituição eram de resignação. Agora essa fase passou e a universidade voltou a ser aquela de tempos atrás com força, vibração e que continuará com o seu projeto de educação, em Tubarão e em diversas regiões. 

 

Indagado sobre as questões trabalhistas, Heerdt afirmou que os 30% dos salários dos funcionários referentes ao mês de outubro serão quitados nesta quinta, o 13º no tempo regulamentar e os demais acordos serão cumpridos. Ele assegura que se a parceria não fosse firmada, a Unisul poderia ser extinta. “Poderíamos ter a liquidação da universidade. Como ocorreu em outras instituições poderíamos ter um edital e por meio do MEC saberíamos qual universidade os alunos se matriculariam ou a dívida da Unisul poderia passar para o município”, expõe.

 

 

Segundo o prefeito de Tubarão e presidente do Conselho Curador, Joares Ponticelli, o contrato firmado na quarta-feira não é apenas um acordo de saneamento. “Estruturamos a Unisul para mais 55 anos. O grupo é muito forte, tem uma expertise em educação extraordinária, tem grandes parceiros mundo afora e fará com que a Unisul se transforme em pouco tempo na principal universidade de Santa Catarina e uma das melhores do Sul do Brasil”, enfatiza. 

 

Sobre a condicionante para a parceria, Ponticelli conta que a marca e a manutenção da sede foram essenciais. “Neste período até a aprovação do Cade um programa de gestão terá que ser implementado, inclusive, para revisar o quadro de funcionários. Esse prêmio de R$ 20 milhões que a Ânima depositou e os outros R$ 93 milhões que serão depositados até janeiro serão acompanhados pelo Conselho Curador e pelo Ministério Público, porque precisamos garantir a execução desse plano de saneamento para quando ocorrer a mudança definitiva”, destaca.