Karen Novochadlo
Tubarão
O combate à inadimplência ainda é uma meta perseguida pela agência regional da Celesc em Tubarão. O primeiro mutirão do corte, realizado no mês passado, foi eficiente em partes. A gerência conseguiu reaver parte da dívida de R$ 650 mil. Contudo, um novo número de clientes entrou para o rol de devedores.
E assim, em pouco tempo o déficit voltou a crescer. Mas a equipe da estatal em Tubarão é persistente. A briga é para que atingir o índice regulatório, estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): 0,6% de inadimplência.
Hoje, a regional da Celesc possui um índice de 3,99% de inadimplência, ou seja: a cada 100 consumidores, quatro não pagam a fatura mensal de energia elétrica. Para barrar isso, ontem iniciou um novo mutirão de corte. A projeção é de 120 desligamentos por dia, principalmente em Tubarão e Laguna, municípios que contabilizam maior quantidade de devedores.
Na Cidade Azul, a dívida hoje é de pouco mais de R$ 567 mil. Eram R$ 650 mil até o fim do mês passado. Com os 181 cortes no primeiro mutirão, realizado entre os dias 15 a 18 de fevereiro, foram recuperados R$ 84.605,00.
Conforme o gerente comercial da agência de Tubarão, Pedro Paulo Souza, a ideia é que os desligamentos sejam diários daqui para frente. “Agora começaremos a efetuar os cortes estabelecimentos comerciais todas as sextas-feiras e os residenciais entre segunda e quinta-feira”, avisa.
Dívidas
Município até 10 fevereiro até 16 deste mês
Capivari de Baixo R$ 80 mil R$ 151.626,00
Garopaba R$ 600 mil R$ 318.088,00
Imbituba R$ 508 mil R$ 498.811,00
Imaruí R$ 72 mil R$ 72.149,00
Jaguaruna R$ 203 mil R$ 190.817,00
Laguna R$ 620 mil R$ 569.033,00
Orleans R$ 99 mil R$ 100.076,00
Pedras Grandes R$ 25 mil R$ 10.082,00
Sangão R$ 80 mil R$ 45.000,00
Tubarão R$ 650 mil R$ 567.273,00
Total R$ 2.937 milhões R$ 2.522.955,00
Corte de luz
Hoje, o prazo para desligar a energia é de 20 dias. Quando a conta atrasa em dez dias uma notificação da Celesc é enviada para o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Após 20 dias o consumidor recebe um aviso de desligamento. “Não queremos fazer os nossos clientes passar por este constrangimento. Não gostamos da política de cortes, mas temos de adotá-la”, lamenta o gerente comercial da Celesc, Pedro Paulo Souza.