7 de setembro: Dedicação de todas as idades

Carolina Carradore
Braço do Norte

Participar de bandas de colégios não é uma tarefa fácil: exige disciplina e uma dedicação constante. Para muitos alunos, o prazer de participar de concursos, festivais, desfile e paixão pela música fala mais alto. Às vésperas do tradicional desfile em comemoração à Independência do Brasil, bandas aquecem os “tambores” para fazer bonito na avenida Marcolino Martins Cabral terça-feira.

Hoje com 27 anos, Rafael Felisbino Vittoretti iniciou na banda do Colégio Dehon aos 15. Mesmo depois que terminou o ensino médio e também a faculdade de sistema de informação, não largou os compromissos com a banda. A sua paixão por instrumento de sopro faz com que consiga conciliar o trabalho com a agenda ‘escolar’.

Rafael está entre os 30 músicos que irão desfilar na avenida. “Temos um repertório variado, com músicas atuais e até coreografias que chamam a atenção do público”, relata.
Rafael perdeu as contas de quantas viagens fez com a banda do Dehon e de quantos concursos foi vencedor, junto com o grupo. E sua intenção é continuar por um longo tempo dedicando-se à música.

Já Cassiano Patrício Goulart, 15 anos, é novato no ‘ramo’. Com menos de um ano de participação, já domina o instrumento bombardino. Aluno do primeiro ano do ensino médio do Dehon, resolveu entrar na fanfarra depois do incentivo dos amigos.
Pelo menos uma vez por semana, Cassiano dedica o seu tempo aos ensaios. “Aprendi a gostar ainda mais de música e, principalmente ter disciplina”, relata Cassiano, enquanto ensaia uma das músicas do repertório para o desfile da independência.

A paixão pela música
Não só os meninos dedicam-se às fanfarras de colégios. As mulheres também têm despertado interesse em instrumentos. Helena Hoffmann Rogoni, 15 anos, toca há três anos na banda do colégio Dehon e é uma das únicas meninas entre os músicos. Muitas vezes, ela deixar de sair com as amigas para ensaiar.

O seu interesse iniciou quando era apenas uma telespectadora. “Eu dizia: um dia vou estar lá. E fui”, comemora. A estudante, que toca trombone, despertou uma paixão pela música que chega a surpreendê-la. “Hoje, não consigo me imaginar sem os compromissos com a banda. Aprendi mais sobre musicalidade, a ter responsabilidade e disciplina”, completa.