5 informações para conhecer mais sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma das condições clínicas de disfunções endócrinas mais comuns entre as mulheres em idade reprodutiva, atingindo de 6% a 16% dessa população. Os dados são da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A Síndrome pode causar problemas como acne, irregularidade menstrual, infertilidade e obesidade. Diagnóstico e tratamento precisam ser feitos com acompanhamento médico especializado em ginecologia.

A SOP é considerada um distúrbio hormonal comum e é caracterizada pela presença de cistos nos ovários, órgãos responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos. Conforme ressaltado pela Febrasgo, uma das características principais da Síndrome é a falta crônica de ovulação ou a deficiência dela.

Segundo informações do Ministério da Saúde, da Febrasgo e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, as causas específicas para esse problema ainda não são conhecidas.

Estudos indicam que diversos fatores contribuem para a etiologia da condição, como componentes metabólicos, genéticos, distúrbios endócrinos hereditários – como a resistência à insulina e o diabetes tipo II – e fatores ambientais, como dieta e atividade física. Sabe-se também que a SOP atinge principalmente mulheres entre 20 e 30 anos de idade, mas também pode afetar adolescentes.

1. Sintomas

Como os hormônios sexuais e a insulina ficam desregulados em mulheres afetadas pela SOP, os sintomas mais comuns englobam as menstruações irregulares, que podem vir apenas algumas vezes por ano, mas também podem aparacer com fluxo intenso, ou nem aparecer.

Além disso, pode haver o aumento de pelos no rosto, seios e abdômen e o surgimento de acne, provocado pela alta na produção das glândulas sebáceas.

 

Sintomas mais graves incluem a tendência à obesidade, sendo que o ganho de peso contribui para a piora do quadro, e a infertilidade, uma vez que a mulher não ovula.

 

2. Diagnóstico

De acordo com a Febrasgo, o diagnóstico é feito por meio de exame clínico, ultrassom ginecológico e investigações laboratoriais. É preciso que a paciente apresente, pelo menos, dois dos três critérios diagnósticos que são base para a identificação da patologia.

Os sinais são oligoamenorreia, com irregularidade da menstruação; hiperandrogenismo clínico ou laboratorial, caracterizado por processos como o aumento de hormônios masculinos que causam crescimento de pelos ou queda de cabelo; e morfologia ultrassonográfica de policistose ovariana, que mostra ovários de aspecto policístico no exame.

Esses critérios são válidos desde que sejam excluídas outras doenças que também possam apresentar um ou mais dos sintomas mencionados.

3. Diagnóstico na adolescência 

Conforme a Febrasgo ressalta, os critérios para diagnosticar a SOP em adolescentes são mais estritos. A morfologia ovariana, por exemplo, não é considerada, e o hiperandrogenismo deve vir acompanhado de hirsutismo, que é o crescimento de pelos no rosto, seios e abdômen.

Ainda que a paciente se enquadre nesses fatores, o diagnóstico feito na adolescência precisa ser revisto oito anos depois da menarca, primeira menstruação.

 

4. Tratamento

É importante lembrar que a síndrome não tem cura e o tratamento é direcionado à amenização dos sintomas. Segundo a Febrasgo, a mudança no estilo de vida e a perda de peso constituem a primeira linha de tratamento.

Caso os novos hábitos não sejam suficientes, o problema pode ser tratado com medicações, principalmente com o uso de metformina, estatinas e fibratos.

A cirurgia bariátrica é uma opção para mulheres diagnosticadas com obesidade mórbida que não tiverem resultados positivos com o tratamento clínico.

5. Prevenção

Para prevenir a SOP é recomendada a prática de exercícios físicos, a adoção de uma dieta saudável e leve e o acompanhamento ginecológico anual. O grupo de risco inclui mulheres que estão acima do peso e têm taxas elevadas de glicemia, pressão arterial e colesterol.

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Fonte: Expertamedia