4º Pedalando pela Vida reúne 230 ciclistas

Para participar, esportistas doaram sangue e alimentos não perecíveis.

Gravatal

Esporte, solidariedade e arte. Essa é a receita do Pedalando pela Vida, um evento que a cada ano reúne em Gravatal um número maior de ciclistas do estado e do país, e que promoveu ontem a sua quarta edição.

Organizado pelo Grupo MTB Gravatal e pela Risco Zero Adventure, o passeio atraiu 230 ciclistas de cidades da região e do Rio Grande do Sul. O evento iniciou às 7 horas na Avenida Pedro Zapelini. A largada foi às 9 horas e os participantes percorreram um trajeto de 40 quilômetros.

As inscrições foram feitas por meio de doação de sangue. Ciclistas e familiares aderiram à campanha, e quase 250 pessoas ajudaram com os centros médicos da região. Além disso, os participantes contribuíram com alimentos não perecíveis, somando 400 quilos de mantimentos, que serão repassados à Apae de Gravatal.
Em um dos momentos do passeio, os participantes cruzavam um túnel em uma área de plantação de eucalipto, onde havia música e jogo de luzes. No fim, durante o almoço de confraternização, os atletas foram surpreendidos com quatro cantores apresentando a música-tema do evento. Sem ninguém saber, eles saíam, um a um, do meio da plateia. “Foi um espanto para todo mundo. O pessoal ficou de mãos dadas. Teve muita gente chorando”, conta Thiago Deodato Pereira, do MTB.

No sábado, das 14 às 18 horas, ocorreram apresentações artísticas e feirão de bikes na Avenida Pedro Zapelini, ao lado da igreja. Às 17 horas, foi realizado um passeio ciclístico para crianças em um percurso de três quilômetros. No final, todas se empolgaram ao ganhar medalhas.

O Grupo MTB Gravatal foi fundado em 2010. Não tem fins lucrativos e incentiva o esporte na cidade com passeios semanais.

Como nasceu o Pedalando pela Vida
Em sua primeira edição em 2014, reuniram-se cerca de 230 ciclistas para atender a um pedido que veio de Itajaí. Era uma mãe com um filho portador de necessidades especiais. Ela perguntava nas redes sociais quem poderia ajudá-los com a doação de uma bicicleta estilo triciclo para que Guilherme, na época com 6 anos, pudesse ser estimulado motoramente com o equipamento.

Neste momento, nasceu o 1º Passeio Solidário. No início eram apenas amigos confirmando presença no evento que visava a compra do triciclo adaptado.
Em dois dias, os amigos dos amigos começaram a se manifestar. Em uma semana mais de 100 pessoas já tinham colocado o nome na lista. Nos dias seguintes, o número cresceu significativamente.

O evento foi um sucesso e o triciclo, comprado. Com o dinheiro restante, cestas básicas foram compradas para doação. A corrente do bem se espalhou, e hoje o Pedalando pela Vida (antes Passeio Solidário) continua mudando para melhor a vida de muitas pessoas.