Construção civil prevê crescimento em 2018

Tubarão

O setor de incorporação imobiliária vem apresentando melhora desde o início do ano, porém, ainda de forma lenta. Mas especialistas afirmam que o setor deve chegar a uma virada mais consistente nos resultados a partir de 2018. Entre os principais motivos do aquecimento estão a queda da taxa de juros, flexibilização dos bancos na hora do financiamento, a liberação e ampliação do limite do FGTS e a inflação controlada.

De acordo com dados apresentados esta semana na FIESC, durante a palestra do economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall, o índice da inflação está em fase de desaceleração ano após ano. Além disso, há a expectativa de que ocorram mais reduções nas taxas de juros e que o país registre crescimento no Produto Interno Bruto.

Neste ano, a projeção do PIB está em 0,6. Para o ano de 2018, o índice pode chegar a 2,5. Diante destes números, o mercado da construção civil faz previsões de que os negócios do setor voltem mesmo a ficar mais aquecidos.

“Mesmo não chegando à recuperação do setor ainda, tivemos um resultado positivo no primeiro semestre, se observarmos como foi no ano passado. O levantamento feito recentemente pela Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe), em parceria com a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), confirma isto, ao apresentar no relatório que as vendas aumentaram 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta melhora já pode ser percebida tanto no comportamento das construtoras, que buscam novos lançamentos e projetam crescimento, quanto nas vendas mediadas por correspondentes e imobiliárias”, afirma o presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), de Florianópolis, Hélio Cesar Bairros.

O presidente destaca ainda que, se os juros continuarem em queda, chegando a um patamar entre 7 e 7,5%, a construção civil terá cenário favorável para 2018.

O diretor de operações da Athena Construções, Edson Martins Antônio, concorda com a análise de que o período é animador para o mercado. “Com a redução da taxa Selic, consequentemente os bancos tendem a reduzir as taxas para o crédito imobiliário, possibilitando assim o impulso para a comercialização dos imóveis. Isso é ótimo para o setor”, comenta.