Willian Reis
Laguna
Máquinas da prefeitura de Laguna trabalham desde as 8h da manhã desta quarta-feira (13) na derrubada das casas construídas em um terreno que pertence ao governo do Estado, na região do bairro Mato Alto. A ocupação ficou conhecida como Loteamento Novo Horizonte, mas uma decisão liminar, expedida em dezembro, determinou a retirada dos moradores.
Segundo a Polícia Militar, ainda havia cerca de 10 famílias no local, apesar da liminar expedida pelo juiz Fabiano Antunes da Silva, da 1ª Vara Cível de Laguna, determinando a saída imediata do terreno. O prazo para que os moradores deixassem o local de maneira voluntária terminou em janeiro, mas a remoção forçada foi adiada até que a situação das famílias fosse resolvida.
Oficiais de justiça estão visitando as casas que ainda têm ocupantes para solicitar a saída. Após a retirada dos pertences dos moradores, as máquinas da prefeitura fazem a derrubada das construções. A PM avalia que a execução da reintegração de posse ocorre dentro da normalidade, sem situações que exigem o uso da força policial.
Durante a ação, algumas famílias ainda correm contra o tempo para retirar os móveis e desmanchar as casas, para poder reaproveitar os materiais em outro endereço. Dos que continuam no loteamento, alguns ficarão temporariamente em um abrigo no salão paroquial da Igreja de São Pedro, no bairro de Cabeçudas. A situação deles é avaliada pela secretaria de Assistência Social e Habitação, que vai definir quais serão os encaminhamentos. Sete famílias foram contempladas com o auxílio para o aluguel, concedido pela prefeitura.
“Até o último minuto, a gente acreditou que a reintegração não iria acontecer”, afirma Maria de Lourdes da Silva, de 60 anos.
Entre os motivos para a reintegração está o fato de no terreno existirem poços de captação de água, que, devido à presença dos moradores, correm risco de poluição. O terreno pertence à Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Codesc).
Foto: Willian Reis/Notisul

