DJ de Tubarão é destaque na música eletrônica no Brasil, Argentina e Uruguai

Jailson Vieira
Tubarão

Ainda na infância escutamos que o vinho, quanto mais velho for, melhor é. Esse ditado popular é tão forte que a frase passou a ser replicada em diversos meios e, claro, em alguns gêneros musicais não é diferente, no entanto, há muitos ‘produtos e vidros’ de boa safra por aí no mundo cultural, como é o caso do DJ de Tubarão, Kauê Angeramis Luciano, de 31 anos. Ele parece incorporar a experiência oferecida com o passar dos anos com tamanha sabedoria, que se assemelha a vinhos antigos feitos a partir de uvas superselecionadas, das mais valiosas.

Kauê conta que a sua paixão pela música teve início ainda na infância. “Quando pequeno, sentava com meu pai para escutar os discos de vinil, sempre fui metido e queria entender o barulho de arranhar os discos, que chamamos de sctach. O tempo foi passando e comecei a frequentar as baladas tubaronenses, onde ia para curtir os DJs tocando”, recorda.

Ele conta que em um determinado dia, comprou um mixer e utilizava dois dvds para tocar em festa na casa de amigos e também na sua. “Fiz um curso de na cidade com DJ Jeff, e de lá para cá comecei a ganhar espaços nas noites. Uma pessoa que me ajudou muito foi Leo Bandeira, um grande incentivador na minha carreira, e hoje é um advogado renomado”, destaca.

Nesses dez anos de carreira, o tubaronense tem se apresentado em diversas cidades do país e também na Argentina e Uruguai. Atualmente, Kauê é um dos profissionais mais requisitados no Brasil. Ele é pioneiro no estilo ‘Open Format’, mistura de Hip-Hop com outros estilos musicais. Já se apresentou ao lado de artistas internacionais, como Já Rule e Wiz Khalifa.

Uma das características mais unânimes da música, que não só eletrônica, é sua diversidade. A história deste gênero tem seu marco inicial em 1948, com a difusão do Concert de Bruits pela Radiodiffusion-Télévision Française, influência do francês Pierre Schaeffer, que criou o musique concrète, onde a composição era feita a partir de ruídos gerados por toca-discos, além de incluir a manipulação sonora por meio da variação da velocidade ou do sentido de leitura das gravações.