Cerco de Jericó: Encerramento tem clima de bênçãos e queda da muralha

Capivari de Baixo

Em sua forma eucarística, Jesus permaneceu durante o dia 11 até este domingo à noite exposto na igreja Matriz São João Batista, em Capivari de Baixo. Durante esse tempo, milhares de pessoas o visitaram e depositaram todas as coisas que traziam em seus corações no cristo ressuscitado: era a esperança renovada no Cerco de Jericó. Com muitas escalas definidas para permanecerem em adoração constante, pastorais de diversas comunidades e uma grande multidão participaram ativamente do evento.

Conforme o pároco, José Eduardo Bittencourt, explicar o Cerco é falar também sobre a vida cristã, que exige algumas atitudes como: oração pessoal, confissão, adoração e missa. “Foram 168 horas, que a igreja ofereceu aos fiéis de rezar, meditar, fazer oração pessoal, comunitária, adoração e a missa. A maior importância é criar momentos de oração e estar em qualquer período na igreja”, pontua o pároco.

A cada volta, foi reproduzido o som de da trombeta, recordando que o instrumento foi tocado  quando o povo eleito de Deus completou o círculo diante dos muros da cidade de Jericó. Cada volta serviu para um pedido e uma bênção especial. “Foi uma semana muito intensa de oração e adoração ao Santíssimo Sacramento, quando muitas bênçãos e graças foram derramadas sobre toda a cidade. Tenho certeza que por meio do Cerco de Jericó as muralhas foram derrubadas e a fé e confiança dos cristãos estão mais fortalecidas, pois temos um pai que nos ama e deu seu filho para pagar nossos pecados”, enfatiza a moradora da cidade termelétrica, Maria de Souza.

O Cerco de Jericó é uma campanha de sete dias e sete noites de oração diante de Jesus presente no Santíssimo Sacramento. A sua inspiração mais remota encontra-se no capitulo 6 do livro de Josué. O texto sagrado conta que antes de chegar à terra prometida o povo de Israel se viu diante das grandes muralhas de Jericó que o impediam de prosseguir a caminhada. Obedecendo a voz de Deus, Josué, sucessor de Moisés e líder do povo, convidou os israelitas a orarem durante sete dias e sete noites rodeando as muralhas de Jericó, na frente a Arca da Aliança, sinal da presença de Deus que caminha com o seu povo.

Josué e os israelitas acreditaram na promessa de que no sétimo dia durante a sétima volta, as muralhas cairiam e eles alcançariam a vitória. Hoje, os fiéis se colocam diante da presença de Jesus na Eucaristia e, depositando os seus pedidos e preces, clamam para que as muralhas que os impedem de viver uma vida santa e feliz possam ser derrubadas. O evento é um costume que surgiu em 1979 na Polônia, com o Papa João Paulo II rezando o terço rosário com o Santíssimo Sacramento.