Descarte: Cidade da Amurel inicia programa ecológico inovador na região

Pescaria Brava

Uma ação totalmente inovadora e voltada à preservação do meio ambiente foi iniciada nesta segunda-feira (18), em Pescaria Brava. Um programa de logística reversa de medicamentos dará o descarte correto aos remédios vencidos, que é a incineração. A proposta é da empresa Servioeste, de Chapecó e com atuação na região, em parceria com a Secretaria de Saúde de Pescaria por meio do secretário Henrique Souza.

Todos os quatro postos de saúde do município estão com pontos de coleta desses materiais. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um quilo de medicamento vencido acumula ao ano, a cada três residências. Todo este material é geralmente jogado no lixo comum e acaba poluindo o lençol freático e, em consequência, rios e lagos de onde geralmente é retirada a água para tratamento e distribuição à população. Mesmo com o processo é possível que haja algum resíduo das químicas que formam as drogas farmacológicas.

Com a proposta em Pescaria e que pode servir de espelho para outros municípios da Amurel, o perigo desta contaminação na cidade é zero, já que todo material é recolhido e levado para o correto descarte. Muitos dos laboratórios fabricantes já efetuam algum tipo de recolhimento, mas ainda não é realidade na região. Segundo o diretor da Servioeste, Jeferson Balbinot, os laboratórios poderão ingressar nesta parceria e no programa. “Antes de mais nada, é preciso instigar a consciência ambiental da população e de todos os envolvidos”, orienta Jeferson.

Foi criado um mascote especial que poderá atuar nas escolas, postos e em eventos especiais organizados pela prefeitura, o Capitão Reverso, que ensinará pais e filhos a proteger e preservar o ecossistema.

Outro ponto que serve de alerta sobre o despejo equivocado – de medicamentos vencidos – no lixo, pia ou vaso sanitário, é que as químicas são acumulativas e podem fazer mal tanto ao ser humano quanto ao animais que tomam banho ou bebem da água contaminada nos rios e lagos. Uma recente pesquisa revelou que 93% da população brasileira não sabem o que fazer com o remédio fora do prazo da validade e a proposta iniciada ontem, em Pescaria Brava, coloca a cidade como pioneira no Sul do Estado e uma das primeiras a tratar o tema no país.