Novembro Azul: Campanha faz alerta para o câncer de próstata

Tubarão

O último mês foi dedicado às mulheres para a prevenção contra o câncer de mama, durante a campanha Outubro Rosa. Agora é a vez de os homens se precaverem contra o câncer de próstata, com a campanha Novembro Azul, a partir de hoje. Tipo mais comum entre os homens, o câncer de próstata é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. Somente entre 2016 e 2017, 61,2 mil novos casos foram estimados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A cada hora, sete homens recebem o diagnóstico de câncer de próstata no Brasil, de acordo com as estimativas de incidência do Inca para 2018 (68.220 casos/ano). Em todo o País, a Sociedade Brasileira de Urologia promoverá ações variadas a partir de hoje. Aspectos culturais, como o machismo, já tiveram muito mais impacto no diagnóstico e controle da doença há alguns anos, muitas vezes, associada com a perda da virilidade. Mas o cenário vem mudando recentemente.

Do tamanho de uma castanha e localizada abaixo da bexiga, a próstata tem como principal função produzir uma secreção fluida para nutrição e transporte dos espermatozoides. Ao longo da vida, a glândula pode desenvolver três doenças: a prostatite (inflamação), a hiperplasia prostática benigna (HPB) – crescimento benigno – e o câncer.

Exame:

O diagnóstico do câncer de próstata é feito de duas formas: pelo toque retal e pelo exame de sangue chamado PSA (antígeno prostático específico), uma proteína que só a próstata produz e que se eleva muito nos casos de câncer.

Sintomas:

Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são:
• dor óssea;
• dores ao urinar;
• vontade de urinar com frequência;
• presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

Fatores de risco:
• histórico familiar de câncer de próstata: pai,
irmão e tio;
• raça: homens negros sofrem maior incidência
deste tipo de câncer;
• obesidade.

Prevênção e tratamento

A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.
A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.