Família de menina de Tubarão comemora aceitação de medula óssea após transplante

Rafael Andrade

Barretos (SP)

“Quanta felicidade meu Deus. A medulinha da nossa guerreira pegou graças a Deus. Não existem palavras suficientes nesse momento para agradecer. Só quem passa por isso sabe o que estou falando”, reconhece Sabrina Fermino Espíndola, mãe da menina Heloísa Espíndola Leal, de 2 anos, de Tubarão, que lutava contra um câncer na medula óssea.

Ela passou pelo transplante nos últimos dias e, neste sábado (20), a família confirmou que ocorreu tudo bem no procedimento e que a aceitação do doador foi de 100%. “Nossa guerreira venceu mais essa. Foi forte o tempo todo”, destaca Sabrina. O processo de cura ainda continua ainda no Hospital de Câncer de Barretos – Hospital do Amor, no interior de São Paulo. Ela ficará mais alguns dias internada. Depois, a medulinha dela será acompanhada bem de perto pelos médicos para ver como está progredindo.

“Mas um passo já foi dado. A pegada da medula já aconteceu. Agora, é cuidar muito dela para que em breve esteja curada por completa. Doador, obrigada. Você não sabe e nem imagina o quão bem fez para nossa filha a sua atitude”, agradece a mãe.

Sabrina segue pedindo uma corrente de orações para que em breve termine tudo isso. Heloísa é moradora de Tubarão e luta contra a Leucemia Mielomonocitica Juvenil desde os 10 meses de vida.

O transplante de medula óssea é um procedimento rápido, como uma transfusão de sangue, que dura em média duas horas. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras, que uma vez na corrente sanguínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem.

O paciente, depois de se submeter a um tratamento que destruirá a sua própria medula, recebe as células da medula sadia de um doador. Estas células, após serem coletadas são acondicionadas em uma bolsa de criopreservação de medula óssea, congeladas e transportadas em condições especiais (maleta térmica controlada com termômetro, em temperatura entre 4 Cº e 20 Cº) até o local onde acontecerá o transplante.

As células infundidas no paciente também podem ser da sua própria medula, retiradas antes do tratamento e congeladas para uso posterior (no caso do transplante autólogo), ou de sangue de cordão umbilical (em caso de doação aparentada ou utilização de uma unidade de células dos Bancos Públicos de Sangue de Cordão).

Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e hemorragias. Por isso, permanece internado no hospital, em regime de isolamento.