Médicos são orientados pela Simesc no enfrentamento de crise no hospital de Tubarão

Tubarão

Diretores do Sindicato dos Médicos do Estado Santa Catarina (Simesc) e assessores estiveram em Tubarão, para uma reunião com os médicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC). Na pauta, declarações públicas do diretor técnico da unidade de saúde, Cristiano Alexandre Ferreira, que fez graves acusações contra os colegas. Conforme representantes do Simesc, o caso repercutiu na Câmara de Vereadores, na imprensa e virou assunto entre os moradores da cidade, principalmente os que recebem atendimento na unidade de saúde.

“Tive a oportunidade de conversar com o diretor técnico do HNSC e relatar a ele a opinião da diretoria do Simesc. Vimos declarações inadequadas para quem tem acesso a instâncias de denúncias como o Conselho Regional de Medicina, o Ministério Público e a polícia, se for o caso. Essa situação gerou um grande desconforto”, observa o presidente do Sindicato, Cyro Veiga Soncini.

Para o vice-presidente do Simesc, Leopoldo Back, o caso é muito grave e de alguma maneira, o profissional sairá prejudicado. “Ele infringiu regras do código de ética médica e ao meu ver, não poderia ter generalizado, colocado todos os médicos em um mesmo barco. Deveria ter buscado pelo menos orientação no CRM sobre o que ele deixa a entender ser má prática médica. Nossa ideia é resolver essa questão o quanto antes para que nem médicos, nem a imagem do hospital e sua gestão e muito menos os pacientes sejam prejudicados”, assegura.

Leopoldo conta que durante a reunião, os mais de 50 médicos presentes contestaram as colocações feitas por Cristiano. “Não entramos no mérito desse debate. Focamos no primeiro ponto, que é conversar com a gestão do hospital para tentar superar esse momento e não aumentar e piorar a situação”, explica.

Os médicos concordaram com a condução do Simesc e aguardam a confirmação da reunião com a gerência do hospital. Procurado pela equipe de reportagem do Notisul, o diretor técnico do HNSC, agradeceu o espaço, porém não quis se manifestar. “Por enquanto não haverá manifestação da minha parte”, pontua.