Amor incondicional: Tubaronense sonha em conhecer dois irmãos

TUBARÃO

Karolina Máximo Elias, a Karol, 23 anos, vem de uma família considerada grande para os padrões atuais. Casada e mãe de uma menina de 4 meses, o ‘máximo’ da vida ainda não foi alcançado por completo por não conhecer dois de seus irmãos biológicos, filhos de seus pais Rosiléia Costa Máximo e Antônio Oliveira Elias.

Ela conta que soube da existência de ambos desde a infância, e que esta lacuna precisa ser preenchida e isso só poderá ocorrer quando puder abraçar os irmãos. “Minha mãe biológica teve cinco filhos. O primeiro, o Fernando Costa Máximo. Hoje, ele tem 33 anos, e foi criado pela nossa mãe. Mais tarde ela se envolveu com o meu pai e em 1987 tiveram a primeira filha, e no hospital a menina foi deixada para adoção. Cinco anos depois, o terceiro filho da minha mãe e o segundo de ambos, um menino, o Frank Campos, que também foi adotado”, detalha.

Segundo Karol, após ter o terceiro filho, sua mãe teve mais uma gestação em outubro de 1994, a jovem que atua como contabilista foi a quarta filha de Rosiléia e a terceira do casal. “A irmã da minha mãe pediu para que ela não me desse para adoção. Até os 7 anos vivia entre a casa das duas. Um dia minha tia não estava concordando com os cuidados que eu recebia e resolveu me trazer de vez para a sua casa”, conta.

Ainda na quarentena e enquanto amamentava Karol, a mulher que já tinha quatro filhos biológicos engravidou mais uma vez e a criança também foi para adoção. “Infelizmente ela não criou mais um filho. De certa forma, convivi com o Fernando e quando eu tinha 12 ou 13 anos conheci o Frank. Minha tia, aquela que tenho como mãe, levou-me para conhecê-lo com medo de um possível namoro entre nós. Bom que isso foi evitado, já que morávamos na mesma cidade. Tenho um bom relacionamento com ambos, mas queria muito conhecer a menina-moça, que hoje tem 30 anos, e o menino-jovem, de 22”, lamenta.

História foi divulgada nas redes sociais
Há cerca de três ou quatro anos, Karolina enviou uma carta para o Programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo, contando o sonho de conhecer o casal de irmãos, no entanto, até hoje a jovem de Tubarão não foi procurada pela produção do programa. O que a fez divulgar a história, há aproximadamente dois meses, em sua rede social.

“Na época foram mais de 100 compartilhamentos, questionamentos, apoios, mas nada de uma notícia que pudesse acalmar o meu coração com um possível paradeiro dos meus irmãos. Vejo a situação como muito triste, pois não crescemos juntos. De alguma forma, sei que fizemos falta um ao outro”, valoriza.

Em busca do casal de irmãos, a tubaronense entrou em contato com representantes do hospital, porém, foi relatado à jovem que os dados do nascimento de ambos somente poderiam ser autorizados por meio da mãe. “Há este entrave, as informações só podem ser fornecidas se ela autorizar, mas faz mais de três anos que não nos falamos, no entanto, se há possibilidade para saber um pouco deles vou pedir a ela. No passado, ela disse que não sabia nada desses dois filhos”, destaca.

Adotada por Mariléia Máximo Balthazar, irmã de sua mãe, e José Ronaldo Balthazar, ainda criança, Karol tem dois primos que os trata como irmãos. “Tentei contato com o Conselho Tutelar, infelizmente o que me passaram foi que a conselheira que atendia naquela época já se aposentou e ela não deve saber onde os meus irmão poderão estar”.


Encontro com um meio-irmão deverá ocorrer neste sábado

Apesar de todos os percalços na última quinta-feira, Karolina teve uma notícia boa. Além dos dois irmãos que foram adotados, a jovem possui mais um irmão pelo lado paterno. Ambos ainda não se conhecem, mas é provável que nas próximas horas o primeiro encontro poderá ocorrer.

Segundo ela, tudo foi muito rápido, mas a situação foi bem vinda. “Quando iniciei o curso de contabilidade e levei os documentos com a certidão de óbito do meu pai, vi o nome de mais um garoto registrado como filho. Procurei-o pelo nome e não consegui encontrar. Já casada e formada, não consegui saber nada a respeito”. Porém, nesta quinta-feira a reviravolta… Um familiar do meio-irmão de Karolina soube de quem ela era filha, conseguiu o seu contato, conversou com a contabilista e passou o número do telefone da jovem para o homem de 33 anos, que também é filho do seu pai, morto em 1997. “Por volta das 22h desta quinta ele me ligou.

Conversamos muito, foi um telefonema emocionante e cheio de curiosidades entre nós. Combinamos de nos encontrar neste sábado. Ainda não sei o horário, ele vai conversar com a esposa e junto com o meu marido vou a ao encontro. Procurava dois familiares e ganhei mais um”, comemora.

Ela conta que seguirá em busca dos jovens que atualmente residem com outras famílias, provavelmente em Tubarão. Aqueles que puderem colaborar com informações concretas para que o encontro seja possível pode entrar em contato com Karol pelo telefone/WhatsApp (48) 99950-1819, ou via Facebook: https://www.facebook.com/karolina.maximo.