Colombo vai renunciar para concorrer ao Senado

Colombo deve ir para a Espanha depois do Carnaval para fazer curso  -  Foto: Jaqueline Noceti/Secom/Divulgação /notisul
Colombo deve ir para a Espanha depois do Carnaval para fazer curso - Foto: Jaqueline Noceti/Secom/Divulgação /notisul

Florianópolis

Na conversa com os jornalistas ontem na Casa D’Agronômica, residência oficial do governador, Raimundo Colombo e Eduardo Moreira mostraram afinidade. Posaram para fotos, apertaram as mãos e fizeram discursos complementares. Entretanto, permanece a expectativa quanto à data de renúncia do governador, pré-candidato do PSD a uma vaga no Senado, o que abre espaço para o vice assumir o comando do Executivo. Colombo deve deixar o cargo em abril.

Evitando falar das articulações para formação de alianças, por considerar muito cedo, Colombo afirmou que já começou a transição, algo que considera natural. “Se eu vou sair, tenho que tomar decisões com o conhecimento de quem vai assumir o governo. Eduardo e eu falamos sobre todos os números, ações em andamento, orçamento, trocamos ideias. Isso deve ser feito pelo bem do Estado”, disse.

Numa rápida retrospectiva de seu governo, voltou a falar da receita de sucesso que permitiu que Santa Catarina fosse o último Estado a entrar na crise e o primeiro a sair dela: reduzir custeio, manter obras em andamento, incentivar a manutenção e criação de empregos, não aumentar impostos, estimular setores da nova economia, como tecnologia e turismo, e da mais tradicional, a exemplo das indústrias têxteis, cerâmicas e de móveis. E reforçou a necessidade da reforma da Previdência, algo que considera urgente. “O mercado precisa ter uma sinalização se seremos um país de crescimento consistente ou uma nova Grécia”, comparou. Ele garante que, muito mais do que a União, os Estados brasileiros serão beneficiados com a reforma. “Haverá mais equilíbrio”, projetou.

Colombo foi convidado e planeja participar de um curso de Comunicação e Sociologia Política, na Espanha, depois do carnaval do ano que vem – uma parada necessária também pelo cuidado com a saúde. “O médico já me deu um puxão de orelha meio forte”, brincou.