Fogos de artifício e saúde: impacto nas festas de fim de ano

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O uso de fogos de artifício durante as festas de fim de ano continua causando preocupações entre famílias de crianças com autismo e tutores de animais, especialmente cães, devido ao impacto do barulho intenso.

Crianças com TEA: barulhos intensos causam crises e desconforto

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta cerca de 3,3% das crianças no Brasil, segundo estudos recentes. O estouro dos fogos pode desencadear reações como:

  • Crises de ansiedade e meltdowns.
  • Irritabilidade e isolamento.
  • Interrupção do sono.

Esses efeitos são agravados pela hipersensibilidade auditiva, comum em crianças com TEA.

Cães sofrem com estresse e riscos à saúde física

Os cães, devido à audição aguçada, são diretamente afetados pelos fogos. Reações comuns incluem:

  • Tremores e tentativas de fuga.
  • Ansiedade extrema com respiração ofegante e salivação.
  • Riscos de taquicardia e até crises convulsivas ou morte por infarto.

Ambientes seguros e controle acústico são soluções recomendadas por veterinários.

Laguna regulamenta uso de fogos de artifício

Laguna (SC) é um exemplo de cidade que busca equilíbrio com a Lei nº 2.193/2021, que inicialmente proibiu fogos sonoros. Em 2023, a legislação foi flexibilizada, permitindo artefatos que não ultrapassem 120 decibéis em eventos controlados.

Esse tipo de regulação é uma alternativa para celebrar respeitando a saúde de pessoas e animais.

Alternativas silenciosas e conscientização

O mercado já oferece fogos silenciosos, uma solução inclusiva para manter as celebrações festivas. Conscientizar sobre o impacto do barulho ajuda a tornar as festas mais seguras e acolhedoras.