O ano de 2024 encerra com aumentos expressivos nos preços de alimentos no Brasil, especialmente em dezembro. Produtos da cesta básica, carnes e itens tradicionais da ceia de Natal foram os mais afetados, pressionando o orçamento dos consumidores em todo o país.
Os preços dos alimentos estão preocupando os brasileiros em cada ida ao supermercado. “Cada vez as compras tem menores volumes e os valores pagos são muito mais altos”, reclama dona Maria Salete, de Tubarão.
Principais produtos da cesta básica com alta
Os preços dos itens essenciais registraram variações significativas nos últimos meses do ano, conforme dados do DIEESE:
- Óleo de soja: Alta de 8,93%.
- Batata: Incremento de 6,14%.
- Café em pó: Aumento de 4,20%.
- Açúcar refinado: Alta de 2,76%.
Essas variações refletem fatores climáticos e econômicos que influenciaram a produção e o custo final.
Itens das ceias de Natal e Ano-Novo pesam no bolso
Produtos típicos das ceias de Natal e de Ano-Novo apresentaram altas expressivas, dificultando a tradição para muitas famílias:
- Lombo de porco com osso: Alta de 25,98%.
- Azeite de oliva extra virgem: teve alta acumulada de 21,47%.
- Néctar de laranja:** Aumento de 20,35%.
- Bombom: Incremento de 9,27%.
Esses aumentos são reflexo de desafios na cadeia produtiva e na desvalorização cambial.
Carnes: picanha e outros cortes em alta
As carnes tiveram alta generalizada em 2024, com destaque para a picanha, que variou conforme a região:
- São Paulo: Quilo da picanha a R$ 77,44.
- Mato Grosso: Preços do quilo chegando a R$ 85,90.
- Santa Catarina: Preço médio do quilo é de R$ 78,00, com alta de 21% em 2024
- Supermercados online: Valores entre R$ 92,70 e R$ 109,99 o quilo.
Outros cortes como contrafilé e acém também subiram 9,7% e 14,5%, respectivamente.
O impacto no orçamento das famílias
As altas nos alimentos refletem condições climáticas adversas, a desvalorização do real e custos elevados de produção. Essas condições resultaram em uma pressão significativa sobre o custo de vida, exigindo maior planejamento financeiro por parte dos consumidores, incluindo o abandono de diversos itens, que passaram a ser trocados por produtos mais baratos.