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Filha de ex-goleiro do Palmeiras de escondeu em armário durante ataque na Flórida

Internacional

O goleiro Bruno Cardoso viveu horas de tensão nesta quarta-feira: sua filha estava na escola em que um atirador matou 17 pessoas na tarde desta quarta-feira, em Parkland, Flórida. Ele afirma que parte da família ainda está em choque e muito abalada, apesar de sua filha, Maria Fernanda, de 15 anos, ter escapado ilesa. Ele só conseguiu encontrar com ela mais de duas horas após a tragédia.

– É algo incrível. Saímos do Brasil por causa da segurança e ocorre isso. Sabemos que no Brasil as crianças estão seguras na escola e em risco na rua. Aqui nos Estados Unidos é o contrário”, disse o atleta.

Bruno disse que sua mulher também está em estado de choque e que viveu duas horas de angústia. Seu outro filho estuda na escola exatamente ao lado de onde ocorreram os disparos e ligou para ele avisando. Demorou cerca de 15 minutos para ele conseguir se comunicar com a filha.

– Consegui trocar mensagens com ela. Maria Fernanda se trancou no armário, mas ouviu os tiros. Foi algo muito forte. Ela disse que toda a sua turma ficou trancada na sala de aula e que, poucos minutos depois, um agente da SWAT revistou a sala, disse que estava tudo tranquilo e ficou na porta. Mas a turma foi uma das últimas a ser liberada.

A filha contou que foi disparado o alarme de incêndio momentos antes dos disparos. Isso gerou estranhamento, pois a escola já havia realizado um treinamento de incêndio pela manhã. Bruno, que atuou no Palmeiras e no Fort Lauderdale Strikers, conta que toda a cidade, repleta de brasileiros por ficar próxima a Boca Ratón, está em choque.

– Minha filha soube que o professor dela de Geografia, de quem gostava muito, morreu tentando salvar seus alunos. Na saída da escola, ela viu pessoas mortas. Ela está muito, muito abalada – disse ele.

Para ele, o apoio dos amigos e dos vizinhos foi importante e que, no momento, só pensa em tranquilizar a filha, a mulher e o filho, que também ficou trancado por razões de segurança na outra escola.

– Agora é dedicar um tempo para eles, tentar acalmá-los – disse.

O consulado brasileiro em Miami informou que, até o fim da noite, não tinha informações de brasileiros entre as vítimas. A representação lembrou que há um número de alunos do país na escola, cerca de 70 quilômetros ao norte de Miami.

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