A fibromialgia é uma condição crônica que atinge entre 2% e 3% da população brasileira, principalmente mulheres entre 30 e 50 anos. Caracterizada por dores generalizadas e persistentes por mais de três meses, a doença compromete a qualidade de vida dos pacientes. A dona de casa Eliane Martins, diagnosticada após os 40 anos, relata que até mesmo o contato da água do chuveiro em sua pele é motivo de dor intensa. Sem cura, a fibromialgia exige um tratamento multidisciplinar para controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida.
Para alertar e conscientizar a população sobre a doença, foi instituído o mês fevereiro Roxo.
Sintomas impactam rotina e bem-estar dos pacientes
A dor crônica da fibromialgia vai além do sofrimento físico. O paciente pode apresentar:
- Sensibilidade ao toque em diversas partes do corpo
- Fadiga intensa e dificuldades para dormir
- Déficit de memória e concentração (“fibro fog”)
- Sintomas de depressão e ansiedade
Além disso, a dor constante pode limitar atividades simples do dia a dia, como cozinhar, caminhar ou até mesmo vestir roupas.
Diagnóstico é baseado na história clínica do paciente
Diferente de outras doenças reumatológicas, a fibromialgia não aparece em exames de sangue ou imagem. O diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, levando em conta dores persistentes e a sensibilidade em pontos específicos do corpo ao toque médico.
Tratamento envolve atividade física e suporte multidisciplinar
Não existe um tratamento único para fibromialgia. O controle da dor envolve:
- Prática regular de exercícios físicos
- Acompanhamento com médicos, fisioterapeutas e psicólogos
- Uso de medicações individualizadas para controle da dor e do sono
- Terapias complementares, como acupuntura e mindfulness
“É essencial que o paciente compreenda a doença e encontre mecanismos para minimizar as crises”, destaca o anestesista e terapeuta da dor, Dr. Ney Bianchini. O diagnóstico precoce e o suporte adequado são fundamentais para garantir mais qualidade de vida aos pacientes.