Extração está proibida

Os caminhões que cruzavam as estradas na localidade agora estão proibidos de carregar areia da região  - Foto:Liana Tobias/SOS Dunas da Ribanceira/Divulgação/Notisul
Os caminhões que cruzavam as estradas na localidade agora estão proibidos de carregar areia da região - Foto:Liana Tobias/SOS Dunas da Ribanceira/Divulgação/Notisul

Silvana Lucas
Imbituba

Agora está definido. A mineradora que retirava areia há mais de dez anos nas dunas da Ribanceira, em Imbituba, foi embargada pela autarquia federal Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Conforme a chefe da Área de Proteção Permanente da Baleia Franca (ICMBIO/APA), Maria Elizabeth Carvalho, a empresa foi notificada e impedida de realizar os trabalhos no local desde o início desta semana.

 “Apesar de a mineradora atuar nos últimos meses com uma liminar, a empresa operava com várias irregularidades. Agora está proibida de continuar a extração”, declara Maria Elizabeth. Ela reforça que não deverá ocorrer movimentação de caminhões na localidade para esta finalidade. “Esta é uma decisão federal, o descumprimento é crime”, salienta a chefe da APA.

De acordo com Maria Elizabeth, entre alguns itens deste embargo, a extração da área ocorria além dos limites estabelecidos pela liminar. Para o imbitubense e membro do movimento SOS Dunas da Ribanceira, Eduardo Rosa, esta proibição é uma grande conquista. “Logo cedo presenciei uma moradora próxima às dunas, que relatou estar aliviada com a ausência das carretas que trafegavam pela região. Além de acabar com uma área de proteção, também causava muita poeira nas residências das proximidades”, conta Eduardo.

Para ele, a causa é importante e deve ser apoiada por todos os catarinenses para que áreas de proteção não fiquem somente na lembrança. “A retirada de areia era muito violenta e já modificou a paisagem na Ribanceira. São inúmeros caminhões que seguiam carregados em direção a várias cidades do estado, um crime ambiental que precisava ser impedido e que continuaremos a fiscalizar”, finaliza Eduardo. 

Sem resposta
O advogado da empresa Ravlen Indústria de Comércio, responsável pela extração de areia que ocorria na localidade, foi procurado pelo Notisul ontem, mas não foi encontrado.