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Estado promete pagar quem abandonar greve

Professores deverão continuar hoje com a vigília para evitar a votação do projeto de lei número 26. A matéria regulamenta o novo salário dos professores. Os servidores pedem que o projeto seja retirado de pauta.
Professores deverão continuar hoje com a vigília para evitar a votação do projeto de lei número 26. A matéria regulamenta o novo salário dos professores. Os servidores pedem que o projeto seja retirado de pauta.

Karen Novochadlo
Tubarão

Governo garante que os professores estaduais que retornarem às salas de aula até sexta-feira não terão os salários descontados. A greve já dura 57 dias. Os professores estaduais fizeram plantão em frente à assembleia legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis, ontem. O objetivo era evitar que o projeto de lei complementar número 26 passasse pela Comissão de Constituição e Justiça, para ir à votação.
Contudo, a comissão foi temporariamente suspensa e apreciação do projeto transferida para hoje, a pedido do relator da matéria, o deputado Joares Ponticelli (PP). Ele não apresentará seu parecer enquanto não houver acordo entre os trabalhadores da educação e o estado.

A reunião do comando de greve, que seria realizada ontem, foi remarcada para hoje, às 9 horas, na capital. O movimento está enfraquecendo, e as lideranças buscam uma maneira de fortalecê-lo.
Ontem, o governo do estado enviou um comunicado para pedir o retorno às salas de aula. Se o servidor voltar, receberá os 23 dias descontados em folha suplementar e pagamento da folha deste mês. Os que permanecerem em greve não receberão. “Esta não é a primeira vez que prometem isso. Tiveram professores que voltaram a trabalhar e tiveram o desconto”, lamenta a representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) na região de Tubarão, Tânia Fogaça.

Ainda nesta semana, cada gerência regional de educação definirá quantos ACTs deverão ser contratados. “Não há professores disponíveis para ocupar as vagas, não nos sentimos ameaçados”, garante o diretor executivo estadual do Sinte, Evandro Accadroli.

Dias descontados e reivindicações
Desde que o governo declarou que descontaria os salários dos professores estaduais em greve, a categoria luta pela manutenção do vencimento. Segunda-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a decisão que determinava que o governo pagasse os dias parados.
A principal reivindicação dos grevistas é a implantação do piso nacional (R$ 1.187,97). O governo é obrigado, por uma lei federal, a pagar este valor, porém, a briga entre as classes é quanto à carreira. Não há consenso entre o número de professores parados. A gerência de educação em Tubarão aponta 31%.

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