Tubaronense testa limite do corpo no triatlo

Tubarão

O relógio desperta às 5h30min. A maioria ainda dorme neste horário. Antes de começar a trabalhar, o representante comercial Wilson Goerdt Rosa sai para treinar. Ele percorre 50 quilômetros de bicicleta quase todos os dias. Depois, volta para casa, arruma-se e vai ao encontro dos clientes.

Poderia ser normal se chegasse em casa e descansasse, como faz quase todo trabalhador. Mas a sua rotina é diferente. Depois do trabalho, ele alterna-se entre treinos de natação e corrida. Descanso mesmo só depois da meia-noite.

Natação, ciclismo e corrida. Três modalidades, um esporte. Triatlo. O tubaronense, que vive há 20 anos em Florianópolis, compete desde 2000. Quando era mais novo, gostava mesmo de futebol e handebol. Mas a curiosidade, ao ver uma prova dessas na TV, fez Wilson querer ver como era, ou melhor, sentir. “Fiz algumas vezes e logo no começo gostei. É um esporte que exige muito do atleta. Tem que ter muita energia”, relata.

No triatlo, não há interrupção. Primeiro é na água, depois em cima da bicicleta e, por último, na terra, correndo. O esporte surgiu em 1970 e somente em 2000 estreou nos Jogos Olímpicos.

Além de treinar durante a semana, o tubaronense também treina aos sábados e domingos. Cada dia dedica-se uma modalidade, mas, às vezes, faz simulado. É tudo em um dia só. Sozinho, sem acompanhante algum. “Não tem como fazer com outra pessoa. É difícil porque meu tempo pode ser diferente de outro. Tenho um ritmo próprio”.

Algumas competições são mais longas que as outras. “É superação de limite o tempo todo. Só de ver já arrepia, porque é uma sensação única. No fim, nos sentimos realizados, mas tem que pegar um bom tempo para o descanso”, frisa.