Futebol Catarinense: Torcedores são contra dois times

Paulinho Sachetti
Tubarão

Bastou a diretoria do Hercílio Luz anunciar a volta do time dentro de poucos dias, para os torcedores manifestarem suas opiniões. Alguns são totalmentre favoráveis ao retorno do Leão do Sul, no entanto, em alguns casos a emoção prevalece mais que a razão. Por outro lado, a maioria tem uma opinião bastante cética sobre o assunto: é totalmente inviável a cidade comportar dois times profissionais.

O pensamento não parte apenas de torcedores do tricolor, mas também de colorados. É o caso do torcedor hercilista e ex-jogador do time, o autônomo Marcelo Lúcio, 30 anos. Ele defendeu o clube em 2007 nas disputas do Citadino da Liga Tubaronense de Futebol. “Já tivemos esta experiência e não deu certo. Não será agora que vai dar. Deveríamos, na verdade, juntar forças e lutar por um clube competitivo. Na minha avaliação, não terá como suportar dois times”, afirma Marcelo.

A mesma opinião tem o despachante Milton Gaspar, 43. “A cidade ficou muito tempo sem futebol e agora querem ter dois times. Muitos estão agindo pela emoção e não pensam nos problemas. Não concordo e não acredito que dará certo. Um ou outro vai piorar ainda mais sua situação e não chegará a lugar algum. Ou até mesmo os dois podem ‘morrer’ abraçados. Precisamos nos unir e não dividir forças”, opina.

O árbitro da Liga Tubaronense de Futebol e segurança, Carlos Alberto Côrrea, 46, não foge do mesmo raciocínio dos demais. “Para mim como árbitro é bom, mas falando como torcedor do futebol tubaronense acho que é inviável e não tem condições. Parece que algumas pessoas esquecem que já tivemos dois times e ambos ‘morreram na praia’. Não podemos continuar pensando assim. Ter dois times é pior para todos”, salienta.

O contador Alexandre Geremias, 43, disse que os hercilistas têm agido mais pelo orgulho. “Quando viram que o Tubarão subiu para a primeira divisão, o orgulho falou mais alto e agora querem levantar o time novamente. Mas sabemos das dificuldades. Tubarão é uma cidade pequena e o futebol parece não ter muita credibilidade. Por isso, são poucos os investimentos”, frisa.