Dono da Havan planeja entrada no futebol com arena de R$ 15 milhões

Uma arena moderna para 15 mil pessoas construída em seis meses com custo inicial de R$ 15 milhões. Esta é a promessa de  Luciano Hang ao Brusque FC, clube que foi campeão da Série D do Campeonato Brasileiro neste ano

Conhecido pelo apoio ao presidente Jair Bolsonaro, o dono da empresa Havan se movimenta até para transformar a agremiação catarinense em clube-empresa e então controlá-la.

A Havan tem sede em Brusque, cidade catarinense localizada a cerca de 100 quilômetros de Florianópolis, e é a principal patrocinadora do time da cidade. Hang é amigo pessoal do presidente do clube, Danilo Rezini, que revela vontade de ambas as partes de passar o controle do clube à rede de lojas. 

“Queremos que a Havan toque isso [clube-empresa]. Sem ela, o Brusque não teria a mínima condição de estar em ação”, afirmou Rezini, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

De modo geral, há dois planos separados. Um é a construção do estádio em terreno cedido em comodato pela prefeitura de Brusque. O outro é a transformação em clube-empresa. O “Brusque S/A” ainda está apenas nas conversas entre time e patrocinadora, enquanto a arena está mais perto de virar realidade – ainda que dependa de trâmites junto ao poder público. As iniciativas são fruto de uma relação quase sanguínea entre Brusque FC e Havan. 

“Nós queríamos que o Luciano Hang deixasse um dos filhos dele como presidente do clube, mas ele diz não querer. São apenas detalhes, mas se ele tomar a frente, a possibilidade de sucesso do clube é até maior”, aposta o presidente.

O projeto do estádio é no mínimo ambicioso. Seriam apenas R$ 15 milhões gastos em um complexo esportivo, valor baixo se comparado ao custo médio de arenas inauguradas recentemente – a Arena Corinthians custou mais de R$ 1 bilhão, enquanto o palmeirense Allianz Parque saiu por R$ 300 milhões, por exemplo. 

Ainda assim, Luciano Hang promete construir dois campos de treinamento e um estádio com capacidade para 15 mil pessoas. Em seis meses de obras.

“A empresa construiria o estádio para o clube, com investimento sem dinheiro público. Não quero dizer uma doação, mas o estádio em seguida seria entregue ao Brusque FC para nós usarmos”, projeta Rezini. Seja como for, o projeto avança com lentidão. A data prometida para o início das obras era agosto deste ano, mas já houve atraso “por burocracias” de acordo com os envolvidos. Por enquanto sem estádio, o Brusque ainda não sabe onde mandará seus jogos no Campeonato Catarinense de 2020.