Independiente segura o Fla e leva o título

Foto: Alexandre Cassiano
Foto: Alexandre Cassiano

Rio de Janeiro

Não faltou apoio das arquibancadas, nem empenho nos mais de 90 minutos de bola rolando, mas o Flamengo não conseguiu reverter a vantagem imposta pelo Independiente na final da Copa Sul-Americana. O empate em 1 x 1, ontem à noite, no Maracanã lotado de rubro-negros, garantiu o título do torneio continental aos argentinos.
Ao ser derrotado por 2 x 1 na partida de ida, quarta-feira passada, na casa do adversário, os rubro-negros precisavam de uma vitória por dois gols de diferença para ficar com a taça e não depender das penalidades – não havia a vantagem do gol qualificado para o visitante. Não deu. No placar agregado (3 x 2), o Independiente deixou o Rio de Janeiro como campeão.
Maior campeão da história da Copa Libertadores, com sete taças, o clube de Avellaneda conquista a Sul-Americana pela segunda vez – o primeiro título veio em 2010. Já o Flamengo mantém o jejum de troféus continentais, que perdura desde a campanha vitoriosa na Copa Mercosul de 1999.
Os gols da partida saíram no primeiro tempo. Lucas Paquetá abriu o placar para Fla. Antes do intervalo, o meia Barco, cobrando pênalti, empatou.
O Fla abriu o placar aos 29 minutos da primeira etapa. Diego cobrou falta na área. Juan desviou de cabeça para a segunda trave, Réver se esticou (e se machucou) para colocar a bola na pequena área, a zaga do Independiente cortou errado e Lucas Paquetá, quase em cima da linha, empurrou para o gol.
Logo depois, Ezequiel Barco, 18 anos e 1,67 metro de altura, agigantou-se diante da pressão da torcida e do lance decisivo que tinha em seus pés no Maracanã. Em contra-ataque armado pelo Independiente, Meza ganhou na corrida de Cuéllar e foi derrubado na área. O árbitro colombiano Wilmar Roldan assinalou a penalidade – confirmada após consulta aos árbitros de vídeo. Aos 39 minutos, Barco cobrou com categoria, deslocando César, e empatou a final, devolvendo a vantagem argentina.
A tensão rubro-negra aumentou quando o goleiro César, ao sair da meta para interceptar um cruzamento, bateu a cabeça no chão e apagou por alguns segundos. Os jogadores pediram urgência no atendimento médico. Ele, no entanto, seguiu no jogo e ainda fez excelente defesa em cabeçada de Gigliotti à queima-roupa.