Unidade de Pronto Atendimento 24 horas: Verba de R$ 1 milhão está praticamente perdida

Zahyra Mattar
Tubarão

A documentação para a liberação da verba, no valor de R$ 1,050 milhão, junto à Caixa Econômica Federal (CEF), para a construção da Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (Upa24h) de Tubarão, precisa ser apresentada até a próxima terça-feira. Caso contrário, o município perde o dinheiro. O prazo é irrevogável. A triste notícia é que isso, infelizmente, poderá mesmo ocorrer.

A portaria do Ministério da Saúde para as Upas de Tubarão, Itajaí e São José foi publicada na véspera do Natal passado. A documentação necessária é extensa. Isto sem contar a confecção do projeto arquitetônico. Neste momento, a prefeitura depende de apenas dois avais: o da Vigilância Sanitária do estado e uma declaração simples da Fatma.

O problema é que a análise do projeto não levará menos de três meses. “Neste momento, trabalho em dois outros projetos de saúde. Depois, tem um terceiro e daí vem o de Tubarão. Quando me entregaram o projeto, faltava o relatório técnico. Eles (a prefeitura) trouxeram uma semana depois. Infelizmente, se o prazo é a próxima terça-feira, lamento, mas o convênio já está perdido”, diz o engenheiro de rodovias Vilson Giassi.

Giassi é servidor do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra). Como a SDR não tem um profissional específico para analisar projetos de saúde, ele fez uma capacitação e “quebra o galho” para as SDRs em Tubarão, Laguna e Braço do Norte. “Não é má vontade. Mas tenho meu trabalho normal, junto ao Deinfra, e mais este, voluntário, para a Vigilância Sanitária. Analiso os projetos na minha folga. Por isso, leva mais tempo do que o normal”, justifica o servidor.

O secretário de saúde da prefeitura de Tubarão, Roger Augusto Vieira e Silva, anuncia que o município fará a Upa24h, mesmo que para isso precise empenhar somente recursos próprios. “Das três cidades que conseguiram o convênio, Tubarão foi a que primeiro protocolou o projeto junto à Vigilância Sanitária. A obra sairá, mas poderia ser mais rápida e sem refletir nos investimentos à saúde já orçados para 2010”, lamenta Roger.