Priscila Alano
Tubarão
Nos últimos dias, três pessoas foram internadas no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, com suspeita de gripe A. Duas estão na UTI e uma na clínica médica. Desde o início do ano, 20 pessoas já foram internadas com suspeita de síndrome gripal. Os principais sintomas são: tosse, febre e falta de ar.
De acordo com a responsável pelo agravo da gerência regional de saúde, Ana Maria H. M. Costa, dos 20 casos suspeitos registrados neste ano, 19 tiveram os resultados negativos. A gerência aguarda apenas os resultados dos exames dos pacientes que continua internados.
Com a vacinação ocorrida nos últimos meses, o Ministério da Saúde espera que não ocorra uma pandemia como no ano passado. Os picos nos casos iniciaram em julho e estenderam-se até setembro. Com a chegada do inverno, e a queda nas temperaturas, a população deve resgatar os hábitos da higiene respiratória.
Em alguns postos de saúde da região, ainda é possível encontrar a vacina contra a gripe A. De acordo a enfermeira Sandra Regina Alves da Silva, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, os municípios não receberão mais doses. A imunização continuará apenas na aplicação da segunda dose para as crianças de 6 meses a dois anos, vacinação para as crianças que completarem seis meses até o fim do ano, e para as gestantes.
Vacinas
Para as pessoas que desejarem tomar a vacina contra a gripe A e não estão incluídas nos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde para receber a dose gratuitamente nos postos de saúde, uma opção é adquirir a vacina nas clínicas particulares. O valor é R$ 140,00.
Campanha da pólio
encerra amanhã
A primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a paralisia infantil termina amanhã. As doses estão disponíveis nos postos de saúde catarinenses. Até ontem, o município de Tubarão atingiu a meta de 94%. Porém, o secretário de saúde, da prefeitura, Roger Augusto Vieira e Silva, afirma que a equipe da saúde trabalha para atingir 100% da cobertura vacinal. A segunda fase da imunização ocorrerá em 14 de agosto. A intenção da vacinação é impedir que o vírus causador da paralisia infantil volte a circular no Brasil, mantendo o continente americano livre da doença.
Kit para diagnosticar
a gripe A
Um kit para o diagnóstico da influenza H1N1, com tecnologia desenvolvida no Brasil, foi lançado ontem pelo Ministério da Saúde. Antes, todo o material era importado de países como Estados Unidos, França e Alemanha. A tecnologia brasileira foi distribuída aos três laboratórios públicos de referência para o diagnóstico: Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Evandro Chagas e Instituto Adolf Lutz. Três laboratórios centrais de saúde pública, localizados do Distrito Federal, Paraná e Bahia, também receberam os testes. Para o ministro da saúde, José Gomes Temporão, a tecnologia é mais eficiente do que a importada. “No ano passado, quando surgiu a doença e a organização mundial de saúde decretou pandemia, nós tivemos dificuldade para ter acesso aos reagentes. Tínhamos recursos para comprar, mas não conseguíamos. Isso deixou o Brasil em uma situação vulnerável”, afirmou o ministro.
O teste também serve para detectar doenças como dengue, malária e tuberculose. O kit brasileiro é, pelo menos, 55% mais barato do que o importado. O material produzido em outros países custa entre R$ 100,00 e R$ 150,00. Já o nacional, custa R$ 45,00.
Prevenção
• Cubra a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, usando um lenço de papel; nunca as mãos. Em último recurso, utilize o antebraço;
• Utilize lenços de papel uma única vez e coloque-os de imediato no lixo;
• Lave frequentemente as mãos com água e sabão, em especial após tossir ou espirrar;
• Ingerir frutas e verduras contribui para o fortalecimento do organismo;
• Evite ambientes fechados;
• Pratique exercícios físicos.
• Use álcool gel;
• Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
• Procure uma unidade de saúde em caso de suspeita de gripe para o diagnóstico e tratamento adequados;
• Não use medicamentos sem orientação médica.