Sindicalistas preveem dias mais difíceis

Movimento mais que dobrou nos correspondentes bancários  -  Foto:Kalil de Oliveira/Notisul
Movimento mais que dobrou nos correspondentes bancários - Foto:Kalil de Oliveira/Notisul

Kalil de Oliveira
Tubarão

Armazém, Braço do Norte, Capivari de Baixo, Grão-Pará, Gravatal, Jaguaruna, Lauro Müller, Orleans, Pedras Grandes, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, São Ludgero, São Martinho, Sangão, Treze de Maio e Tubarão são os municípios que amanheceram ontem com as agências fechadas e identificadas com a logo do movimento grevista. Foi uma adesão de 100%, conforme previa o presidente do Sindicato dos Bancários de Tubarão e região, Armando Machado Filho. 

Na tarde de hoje, a partir das 14 horas, uma nova rodada de negociações é aguardada e, mesmo com uma adesão maior, a expectativa é que os dias parados se estendam. “Eu não acredito que deva surgir uma proposta satisfatória. Mas esta é a minha opinião”, avalia Armando.

Além de cruzar os braços dentro das agências, uma forma mais efetiva de pressionar os banqueiros seria interromper os serviços de autoatendimento. Isso, porém, exige que os grevistas consigam convencer os colegas que atuam nos centros tecnológicos dos bancos, quase todos localizados em grandes centros como São Paulo. Segundo Armando, esta hipótese é cogitada, pois obrigaria os bancos a negociar.

Se a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) for aceita pelo comando de greve, os bancários devem convocar uma assembleia para decidir. Por enquanto, a melhor proposta foi de 7% de reajuste. Os grevistas pedem que o salário seja corrigido 5% acima da inflação, que foi de 9,57%.

As negociações começaram em 9 de agosto. Após dias sem avanço nas conversas, iniciou-se a greve, em assembleia, na sexta-feira. Além dos caixas eletrônicos, as lotéricas e correios são opção para pagamento de contas e movimentação de conta, porém há limites para saque e depósito.