Priscila Alano
Tubarão
Surge uma nova proposta para realizar a redragagem do Rio Tubarão: a ideia do prefeito em exercício, Pepê Collaço, é montar um consórcio entre as prefeituras de Tubarão, Capivari de Baixo e Laguna para conseguir o recurso para a obra. Porém, a efetivação do consórcio deve ser realizada a toque de caixa, pois o prazo para a entrega de projetos para serem incluídos no PAC 2 encerra no próximo mês.
Pepê pretende realizar uma reunião ainda esta semana com os prefeitos vizinhos. De acordo com Pepê, o secretário nacional de saneamento ambiental do Ministério das Cidades, Leodegar Tiskoski, sinalizou que pode liberar recursos ainda este ano. “Tenho conversado frequentemente com Leodegar sobre a redragagem. Há possibilidade de liberar parte do valor ainda este ano. O consórcio é a forma mais rápida para executarmos a redragagem”, revela Pepê.
Estudos apontam que a obra irá custar em torno de R$ 50 milhões. Nesta primeira etapa, o consórcio deve receber aproximadamente R$ 30 milhões. “Por questões técnicas, em função da vazão do rio, a redragagem deve iniciar da Ponta dos Molhes, em Laguna, ‘subindo’ o rio Tubarão”, explica Pepê. Os outros R$ 20 milhões devem ser incluídos no PAC 3 e no PAC 4.
Um pré-projeto para a redragagem já está pronto, incluindo a batimetria. Pepê estima que a primeira etapa seja realizada em aproximadamente 18 meses. Segundo ele, tempo suficiente para o consórcio ir em busca do valor restante.
Macrodrenagem segue emperrada
A burocracia tem impedido a liberação da verba para a realização da macrodrenagem, em Tubarão. Já se passaram sete meses de análises documentais. Os administradores da prefeitura aguardam ansiosos a liberação pela Caixa Econômica Federal para executar a obra. A macrodrenagem será realizada na margem esquerda do Rio Tubarão, e evitará problemas de alagamentos.
De acordo com o prefeito em exercício, Pepê Collaço, cada vez que a equipe da prefeitura e a Pró-Sul vão à Caixa, eles solicitam novos documentos. “Acredito que até o fim desta semana tenhamos a liberação do recurso por parte da Caixa, para podermos realizar a licitação”, acredita Pepê. Em uma previsão otimista, o prefeito em exercício espera que em outubro as obras possam ser iniciadas. O prazo para a realização é estimado em oito meses.
A obra é avaliada em R$ 6,2 milhões. O projeto prevê a construção de galerias para passagem d’água e 15 caixas de ligação, em uma extensão de 1,49 quilômetro, desde a BR-101 até o Rio Tubarão. O valor garante ainda a construção de três estações elevatórias para desafogar o rio. As estações vão ser construídas no bairro Pantanal, na avenida Padre Geraldo Spettmann (da rodoviária), e na próximo a ponte Manoel Alves dos Santos, no bairro Morrotes. O projeto beneficiará cerca de 28 mil habitantes (30% da população de Tubarão), moradores dos bairros Humaitá, Humaitá de Cima, Dehon, Morrotes, Vila Elisa e Centro.