Reajuste: Móveis poderão ficar mais caros

Moveleiros poderão optar pela diminuição da margem de lucro para não perder os clientes.
Moveleiros poderão optar pela diminuição da margem de lucro para não perder os clientes.

Andréa Raupp Alves
Tubarão

Algumas fábricas de móveis de Tubarão ainda não sentiram o aumento de preço dos painéis de madeira. A matéria-prima teve reajuste de 8,5% no início deste mês, e quem deverá sentir este aumento no bolso é o consumidor.

Com a isenção do Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI) dos móveis, houve um incentivo no consumo neste setor em 2009. Mas, com o reajuste, os empresários pensam em uma saída para não perder clientes. “A concorrência é grande e eu prefiro reduzir a margem de lucro do que repassar este reajuste para o consumidor”, adianta o empresário Pedro Paulo Bressan.

Os painéis de madeira, como o MDF ou MPF, já haviam sofrido reajuste entre 6% e 8% em outubro, um mês antes da isenção do imposto. Com esta medida, os mais afetados foram os móveis populares, nos quais a chapa de madeira representa 60% do preço. “Atualmente, a chapa custa em média R$ 90,00, mas já chegou a R$ 110,00”, relata Pedro.

A Associação Brasileira da Indústrias de Painéis de Madeira (Abipa) informou que o reajuste ocorreu devido à difícil situação pela qual passa o setor. As indústrias estariam sofrendo com queda nas vendas no mercado doméstico, em 20%, e nas exportações, em 30%, somente no primeiro trimestre do ano passado.
Tudo em consequência da crise econômica internacional. “Mas foi a crise mundial que interferiu positivamente no nosso mercado, pois estava em baixa”, revela o empresário Pedro.