Questões ambientais: Vice-prefeito de Tubarão reúne-se hoje com Lula

Zahyra Mattar
Tubarão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou os prefeitos das cidades que decretaram situação de emergência em Santa Catarina, por conta das chuvas, para uma reunião, hoje. O objetivo principal é fazer um levantamento das necessidades de infraestrutura destes municípios para evitar tragédias como as noticiadas em novembro, quando o norte do estado foi destruído por uma enchente e, neste mês, quando o sul passou por uma situação crítica por conta das chuvas.

Em Tubarão, os incumbidos de buscar estes investimentos são o vice-prefeito, Felippe Luiz Collaço (PP), o Pepê, e o secretário de planejamento, Edvan Nunes. Quatro projetos da cidade serão apresentados a Lula: o de redragagem do Rio Tubarão, o de monitoramento do rio, o de recuperação das margens do rio e o de macro-drenagem (confira os valores abaixo).

Outro assunto em pauta será a melhor estruturação e preparação da Defesa Civil das cidades afetadas. “Todos estes projetos já têm verba disponível. O que faremos é tentar pegar a nossa fatia. Com exceção do projeto de recuperação das margens do rio Tubarão, os outros três beneficiarão todos os municípios da bacia do rio Tubarão”, valoriza Pepê.

O vice-prefeito visitará ainda os ministérios da Saúde e da Educação, onde protocolará documentos relacionados a programas federais já desenvolvidos na cidade, e o Ministério das Cidades, onde terá um encontro com o secretário nacional de saneamento ambiental, o ex-deputado federal Leodegar Tiscoski (PP). “Ele (Leodegar) tem recursos disponíveis para o projeto de revitalização do rio, onde poderemos incluir a questão da redragagem, da contenção das encostas ou até mesmo do corte de árvores. Mas ainda não tem nada específico para Tubarão. O dinheiro disponível é para todo o sul do estado. Também tentaremos parte deste recurso”, explica Pepê.

Valor dos projetos
• Redragagem do Rio Tubarão: R$ 12 milhões com 20% de contrapartida do município. A última foi feita em 1978, quatro anos após a enchente que quase tirou a cidade do mapa.

• Monitoramento do rio: R$ 480 mil. O projeto já tramita no Ministério da Integração Nacional. O objetivo é literalmente monitorar as chuvas em toda a extensão do rio em tempo real.

• Recuperação das margens do rio: R$ 1 milhão para o corte das árvores condenadas e outros R$ 2,5 milhões para a contenção das margens.

• Macro-drenagem: R$ 10 milhões (construção de canais em torno do rio, desde a nascente até o desemboco, no mar, em Laguna.