‘Pulseiras do sexo’: Quem vender pode ser multado

Tubarão

O modismo aparentemente inocente entre crianças e adolescentes ganhou tamanha proporção que o assunto virou notícia em todo o país. Em Tubarão, o uso das pulseiras coloridas pode estar com os dias contados. Se o projeto de lei do vereador Deka May (PP) for sancionado, estabelecimentos que venderem o acessório poderão pagar multa de, no mínimo, R$ 1 mil.
As pulseiras são utilizadas em uma brincadeira onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até o sexo propriamente dito.

O projeto já foi apresentado na câmara de vereadores de Tubarão. A ideia é que, após votação, seja sancionado pelo poder executivo na próxima semana. No documento, Deka pede a proibição da venda das pulseiras em todo território tubaronense, estipulando a multa equivalente a mil vezes o valor da pulseira do sexo.
A proibição do acessório nas escolas também é sugerida pelo vereador. “Para fazer valer a lei, sugiro que o aluno pego usando as pulseiras seja encaminhado à coordenação pedagógica e receba advertência”, propõe Deka.

Educadores orientam
O projeto de lei a respeito das pulseirinhas coloridas ainda não foi aprovado, mas muitas escolas já proibiram o uso e os alunos são orientados do perigo que a brincadeira pode gerar. Na Escola Thomé Machado Vieira, a diretora, Glads Larroyd, proibiu o uso. A atitude radical teve que ser tomada após várias reclamações de alunas, que denunciavam os meninos de aliciamento.

“Elas usam os acessórios e os meninos sentem-se na liberdade de ser maliciosos e até ‘passar’ a mão no corpo das meninas. Mesmo que eles não brinquem ao pé da letra, os comentários maliciosos já surgiram”, lamenta a diretora.
No Colégio Dehon, o diretor José Antônio Mattiola não chegou a impedir o uso, mas sugeriu aos alunos que evitem. Ele iniciou um processo de conscientização, já que muitos utilizam as pulserinhas apenas porque são moda, de forma inocente. Na próxima semana, os pais serão chamados à escola para ficarem a par da situação. “Aqui na escola, eles estão seguros, mas a nossa preocupação é no trajeto para casa. Eles podem não ter malícia, mas outros adolescentes sim e causar um certo constrangimento”, alerta.