Ponte de Congonhas: Deinfra pronuncia-se hoje sobre convênio

Zahyra Mattar
Tubarão

É esperada para hoje uma posição do Departamento de Infraestrutura do Estado (Deinfra) quanto à obra de construção da ponte de Congonhas, na divisa entre Tubarão e Jaguaruna. Um convênio foi firmado no ano passado entre o estado e a prefeitura de Jaguaruna para erguer uma passagem de concreto no local.

A prefeitura de Tubarão também participa financeiramente da obra. Cabe ao executivo repassar a sua parte à prefeitura de Jaguaruna, já que, na época do convênio, a prefeitura de Tubarão não podia receber os recursos do estado por não possuir certidões negativas (uma espécie de aval financeiro).

A empresa Sul Catarinense venceu a licitação para a obra. O estaqueamento foi iniciado, mas a construção foi paralisada pouco tempo depois. O ‘mistério’ é o motivo para isso ter ocorrido. Tanto em Jaguaruna quanto em Tubarão nada é esclarecido. Especulam-se duas hipóteses: que a obra está embargada por questões ambientais ou que a empreiteira não é paga.

O Notisul entrou em contato com a Fatma, o Ibama, a Polícia Militar Ambiental e a Marinha. Em todos, é desconhecido qualquer tipo de embargo. Na Sul Catarinense, não há resposta quanto à falta de pagamento. A Amurel confirmou que já existe verba disponível para a obra.

A construção da ponte de concreto está orçada em R$ 800 mil. Destes, R$ 500 mil são do estado. O restante (R$ 300 mil) é dividido entre as duas prefeituras. Segundo o secretário executivo da Amurel, Jorge Leonardo Nesi, o estado já repassou R$ 200 mil, a prefeitura de Tubarão R$ 42 mil e a prefeitura de Jaguaruna uma pequena quantia (entre R$ 3 mil a R$ 5 mil) para a empreiteira iniciar a obra.

O prefeito de Jaguaruna, Inimar Felisbino Duarte (PMDB), reuniu-se ontem, às 18 horas, com uma equipe do Deinfra para saber do convênio e tentar firmar outro, para a ponte de Jabuticabeira, que caiu (leia mais na matéria ao lado). Inimar garantiu que anunciará hoje o resultado da reunião e, possivelmente, qual a justificava para a paralisação da obra.

Ponte provisória será construída no Riachinho
Amanda Menger
Jaguaruna

Chegar até o Balneário Camacho ou ao Farol de Santa Marta será mais fácil a partir deste fim de semana. Uma ponte provisória será construída sobre o Riachinho. A expectativa é que até sábado a obra esteja concluída.

O aterro começou a ser feito ontem. “Será uma estrutura metálica e será permitida a passagem apenas de veículos leves. Caminhões e ônibus terão que utilizar os outros desvios, como a estrada do Laranjal (Fazenda da Arlete) ou pela Cysy Mineração”, afirma o engenheiro do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Clóvis Bozzano.

A construção da ponte provisória foi garantida ontem, em um encontro realizado entre representantes do governo do estado e da comunidade. Na tarde de sexta-feira, moradores bloquearam o trânsito no local. “Estamos contentes com a construção de uma ponte provisória. Nosso protesto deu certo. Se a resposta fosse negativa, nós iríamos acampar na estrada até que nos dessem garantia de que uma ponte provisória seria construída”, comemora a presidenta do Centro Comunitário do Camacho, Nilcéia Fogaça, a Nice. Entre 80 e 90 dias, será concluída a construção do bueiro triplo sobre o riacho.

Com a confirmação da construção da ponte provisória, a comunidade pensa em outras reivindicações. “Vamos nos reunir com o prefeito Inimar Felisbino Duarte (PMDB), para consertar a ponte de Jabuticabeira”, adianta Nice.

O prefeito assegura que a obra na ponte começa na próxima semana. “Faremos os reparos na estrutura e já estamos vendo a possibilidade de firmar um convênio com o Deinfra para construir uma ponte de concreto no lugar”, adianta.

Barra do Camacho
O embargo na obra da nova ponte sobre a Barra do Camacho pode ser suspenso na próxima semana. A documentação solicitada pela Delegacia da Capitania dos Portos, em Laguna, foi entregue na semana passada. “Os engenheiros da Prosul, empresa responsável por projetos e fiscalização da obra de pavimentação do Camacho, também apresentaram e explicaram o andamento da obra. Os técnicos da Marinha fazem a análise e expedem um documento suspendendo o embargo”, explica Léo Goularte, gerente de infraestrutura da secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão.