Política: Tríplice aliança nas mãos do PSDB

Carolina Carradore
Tubarão

O cenário político continua “fervendo” em Santa Catarina. O acordo entre PMDB e DEM para que o peemedebista Eduardo Moreira seja vice do democrata Raimundo Colombo não passou na garganta dos tucanos, que ainda nutrem um sentimento de traição. “Eles fizeram várias reuniões para chegar a esse acordo, só que em nenhum momento fomos consultados. As bases do partido estão frustradas”, afirma o presidente estadual do PSDB, Beto Martins, prefeito de Imbituba.

Os tucanos ainda não têm posição fechada e, mesmo contrariados, estão dispostos a ouvir a proposta dos democratas para possivelmente reeditar a tríplice aliança (PMDB/DEM/PSDB). Para isso, uma comissão do partido encontra-se hoje à noite com o senador Raimundo Colombo.

“Vamos dar prioridade em conversar com Colombo. Queremos saber o tamanho do espaço que o PSDB terá na nova composição”, adianta Beto Martins.
O destino do governador Leonel Pavan (PSDB) também é incerto. Ele não pode candidatar-se como vice ao governado do estado. Para tentar uma vaga no senado, teria que ter se licenciado em abril. Apenas como cabeça-de-chapa pode ter uma chance de concorrer às eleições de 2010, fato que não está descartado, caso o partido de Mário Covas resolva encampar a campanha sozinho.

De qualquer forma, tudo ainda é incerto. Até a convenção do PSDB, marcada para este sábado, foi adiada para o dia 30. A decisão ocorreu na noite de segunda-feira, em reunião que acabou na madrugada de ontem, na sede do partido, na capital.

Sem apoio

Não foi só o PSDB que torceu o nariz para o acordo entre PMDB e DEM. O presidente nacional do PMDB, Michel Temer, vice de Dilma Rousseff (PT) na corrida à presidência da república, intitulou a aliança de “molecagem” e “presepada”. Temer lamentou ter patrocinado o encontro entre Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e Dilma. Ele prometeu articular a convocação da executiva para intervir em Santa Catarina.