‘Picuinhas’ políticas??? Capivari perde cemitério para ganhar uma creche-modelo

Tatiana Dornelles
Capivari de Baixo

Ou o cemitério municipal ou a construção de uma creche-modelo. A questão virou quase uma ‘briga’ dentro da Câmara de Vereadores de Capivari de Baixo. O problema começou no momento em que o terreno no bairro Três de Maio, antes destinado ao cemitério, foi escolhido para receber o prédio de uma creche-modelo, cuja verba, referente a R$ 750 mil, seria repassada ao município pelo governo federal. A torcida da prefeitura é para que isso ocorra o mais breve possível.

Ontem, em votação extraordinária, a desafetação do terreno do cemitério foi aprovada por cinco votos a quatro. Na verdade, houve empate. Contudo, o presidente da câmara, Nilton de Melo Fernandes (PP), desempatou a matéria ao ser favorável à construção da creche no local. A oposição garante não ser contra a creche, como havia sido repetido pelos vários cantos da cidade. O que ocorre é que alguns vereadores são contra a construção no terreno, uma vez que poderia haver outros locais no município para colocar de pé a escola infantil.

Com isso, o ‘alvoroço’ teve início e as defesas, de ambos os lados, são que tudo ocorreu devido a ‘picuinhas’ políticas. Quem ganha ou perde (ainda não se sabe), com certeza, é a própria população. Para se ter uma idéia, mais de 200 lotes de terra no cemitério já haviam sido vendidos. O que fazer com estas pessoas? O prefeito Moacir Rabelo (PP) garantiu ontem que outro terreno será procurado e todos os donos de terreno serão ressarcidos com um novo pedaço de terra, assim que for instalado o novo cemitério, o que ainda não há previsão.

O cemitério municipal foi instalado na gestão de 2000/2004, de Brunel Alves (PMDB). Mas, devido a problemas de licença da Fatma, segundo informações de alguns vereadores, o atual prefeito preferiu não pagar a taxa que faltava e optou por desafetar o terreno para a instalação da creche-modelo.
Outros asseguram que o problema da não continuação do cemitério no local é devido ao lençol freático, que seria contaminado com os restos mortais, o que, por sua vez, prejudicaria as pessoas da comunidade que se abastecem de poços artesianos.