Pedofilia: 4 casos em investigação

Priscila Alano
Tubarão

Hoje lembra-se o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em Tubarão, os números preocupam. Somente neste ano foram registrados sete casos suspeitos de abuso sexual na Delegacia da Criança, do Adolescente e de Proteção à Mulher e ao Idoso. Ano passado foram 16 ocorrências.

A delegada Vivian Garcia Selig explica que dois dos sete casos foram comprovados e os acusados presos. Um foi descartado por falta de provas e os outros quatro seguem em investigação. “Em alguns casos são difíceis comprovar se houve abuso sexual, os inquéritos são mais complexos. Em outros há necessidade de parecer psicológico, por exemplo”, detalha a delegada.

Vivian orienta os pais para que tenham um diálogo aberto com os filhos, percebam mudanças de comportamento e acompanhem os locais que frequentam. “É necessário prestar atenção aos sinais da criança, pois na maioria dos casos o agressor é uma pessoa próxima e ameaça a vítima e seus parentes”, orienta.

Casal é preso
acusado de pedofilia

Um casal foi preso ontem, em Capivari de Baixo, acusado de pedofilia. O caso foi registrado na Delegacia da Criança, do Adolescente e de Proteção à Mulher e ao Idoso de Tubarão em novembro de 2009, e era prioridade nas investigações. O homem tinha uma relação extraconjugal com a irmã das vítimas, uma menina de 11 anos e um garoto de 15 anos.

O casal mantinha relações sexuais na frente dos menores. Eles foram indiciados pelos crimes de estupro, satisfação da lascívia (pensamentos ou atos imorais que induzem a sexualidade), e mediação à lascívia de outrem. A pena pode variar de 12 a 21 anos.

Conselho Tutelar já registrou
dez casos de abuso este ano

Carolina Carradore
Tubarão

Casos de violência e abuso sexual são atendimentos comuns no Conselho Tutelar de Tubarão. Em 2009, foram 14 casos de violência sexual com crianças e adolescentes.
Neste ano, dez crianças – a maioria meninas – foram atendidas pelo órgão. Toda denúncia é verificada pelos conselheiros. Os pais são incentivados a registrarem Boletim de Ocorrência (BO) e à criança é garantida primeiramente toda assistência médica necessária. Em seguida, um exame de corpo delito comprovará, ou não, o crime.

A conselheira Camile Felix orienta os pais a prestarem mais atenção nas atitudes dos filhos. “Toda mudança de comportamento é preocupante. Os responsáveis precisam estar atentos. Isso sem falar que, na maioria das vezes, o agressor é uma pessoa conhecida da família”, enfatiza. Casos de suspeitas de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes podem ser denunciados por meio do telefone 3626-4998 ou pelo Disque 100.