Obra deve sair do papel no 2º semestre de 2017

Travessia está interditada desde o dia do vendaval (16 de outubro). Alguns garotos ainda se arriscam   -  Foto:Kalil de Oliveira/Notisul
Travessia está interditada desde o dia do vendaval (16 de outubro). Alguns garotos ainda se arriscam - Foto:Kalil de Oliveira/Notisul

Rafael Andrade
Tubarão

O anteprojeto da nova ponte sobre o rio Tubarão, que liga a avenida José Acácio Moreira (frente da Unisul) à avenida Marechal Deodoro (fundos do Supermercado Althoff), ficou pronto ontem. Foi elaborado pelo engenheiro João Roberto Smania Catâneo, da Amurel. Está orçado em R$ 880 mil. 

O problema é a burocracia e o tempo de resposta do Ministério da Integração Nacional (MIN) – de onde virá o dinheiro para a obra. O trabalho é necessário devido aos estragos provocados pelo vendaval do último dia 16 na Cidade Azul, que está em Estado de Calamidade Pública, conforme homologação publicada no Diário Oficial da União (DOU).

A planta de engenharia foi entregue à prefeitura de Tubarão ainda ontem. O maior entrave é a burocracia – infelizmente já natural no Brasil, ainda mais no período de fim de ano, e mudança de governabilidade nos municípios a partir de 1º de janeiro de 2017. A proposta é que a nova travessia sobre o rio Tubarão seja construída em concreto. “Terá uma passarela em arco inferior. Será estaiada e o tempo de execução da obra é de 150 dias (cinco meses)”, informa o engenheiro João Roberto.

O estudo foi feito pela equipe de engenharia e arquitetura da Amurel. O modelo de passarela é um arco com tabuleiro (piso) inferior sustentado por pendurais (cabos de aço) verticais. A ponte terá dois apoios nas extremidades e possuirá o tabuleiro protendido. O acesso se dará em nível, ou seja, no nível das avenidas José acácio Moreira e Marechal Deodoro. Os elementos que constituem a passarela são as fundações, os pilares, o tabuleiro, os arcos e os pendurais verticais.

Pelo anteprojeto, os pilares e fundações deverão ser construídos em concreto moldado no local, enquanto o tabuleiro e o arco serão montados a partir de peças pré-fabricadas, de concreto armado, que permitirá a execução da estrutura em um prazo reduzido. “Nesta concepção, buscou-se considerar o conforto no deslocamento dos pedestres e ciclistas. Por ser em nível, a travessia está adequada à NBR 9050, que trata da acessibilidade às edificações, mobiliário, espaços e equipamento urbanos”, explica o engenheiro.