“O governo tem que cancelar este contrato”

Foto:Divulgação/Notisul
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Rafael Andrade
Jaguaruna

Graves denúncias, conforme resumiu ontem o ex-superintendente do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, Walmir dos Santos Silva Junior, serão oficializadas no Ministério Público, em Florianópolis, na próxima semana. O local é administrado pela RDL Aeroportos, que detém a concessão da gestão até o fim de junho do próximo ano. Renovou o contrato com o governo do estado há pouco mais de um mês.

Walmir é ex-funcionário da empresa, que tem sede na Cidade das Praias, dentro do próprio aeródromo. Foi desligado oficialmente, segundo ele, no último domingo.  Foi afastado da função, pela direção da RDL, no último dia 14 de junho.

A atual superintendente é Samira Augusta Vieira De Castro, que já havia atuado no cargo. Walmir iniciou em agosto de 2013 nas funções de gerente administrativo e de segurança. Foi superintendente no período o qual o aeroporto recebeu seu primeiro voo comercial, em abril do ano passado. “Meu objetivo é mostrar para a sociedade uma série de irregularidades presentes na minha ex-empresa, desde a época do processo licitatório. É preciso passar a limpo a maneira como ocorrem as atividades. Antes de registrar denúncia na promotoria, convoquei a imprensa para uma coletiva na próxima terça-feira, às 14 horas, no auditório do Hotel San Silvestre, em Tubarão. Não quero fazer parecer uma pressão ao MP, por isso apresentarei o teor das denúncias antes à comunidade geral por meio da mídia”, especifica Walmir.

O gerente da operação da RDL, Fernando Linhares, foi procurado pelo Notisul ontem para avaliar esta agenda com jornalistas e a ameaça de uma eventual denúncia. Disse que é preciso fundamentar tal ação, principalmente por via documental. “Caso ele não tenha esses documentos, acredito que nem haja tal denúncia. Estamos tranquilos mediante qualquer tipo de ato do gênero. A empresa já passou, nesses anos frente à administração,  de inspeções pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), pelo Cindacta 2 de Curitiba, e pela própria Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nada de irregular foi apontado. Não entendo a conduta do Walmir”, lamenta Fernando.