Novo Presídio Regional: Escolha da área pode voltar à estaca zero

Comunidade apresentou as justificativas para a não construção do presídio.
Comunidade apresentou as justificativas para a não construção do presídio.

Tubarão

Uma corrida contra o tempo. Até o dia 30 de junho, o governo do estado precisa definir um novo terreno para a construção do novo Presídio Regional de Tubarão ou confirmar o escolhido, no bairro Congonhas. É que, em um mês, acaba o prazo, devido à legislação eleitoral, para autorizar a compra ou desapropriação de áreas pelo estado junto à assembléia legislativa.

Caso a data não seja observada, a aprovação do projeto de lei só pode ocorrer depois das eleições municipais de outubro. E aí entra um agravante: o orçamento do estado. “Precisamos agilizar o processo para que o R$ 1 milhão destinado para o início da obra, no Orçamento 2008, não seja perdido”, explica o secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, César Damiani.

O secretário recebeu, ontem, cerca de 45 moradores de Congonhas em uma audiência na sede da SDR para discutir o projeto do presídio. A comunidade foi acompanhada por cinco vereadores: José Luiz Tancredo (PP), Maurício da Silva (PMDB), Edson Firmino (PDT), Ivo Stapazzol (PMDB) e Jairo Cascaes (D25). O secretário recebeu um ofício da câmara com as justificativas técnicas apresentadas segunda-feira, durante um protesto realizado pelos moradores na câmara de vereadores.

Entre os argumentos apresentados, está a dificuldade de acesso ao terreno em casos de perseguição a fugitivos. “O terreno só tem um acesso e a estrada é muito estreita, sem acostamento. Ficaria impossível manter a segurança e evitar acidentes. Além disso, a infra-estrutura do bairro é precária”, justifica o tenente da reserva da Polícia Militar Edgar Farias.

César comprometeu-se em apresentar aos técnicos da secretaria de segurança pública e defesa do cidadão as observações feitas pelos moradores para que o presídio não seja construído em Congonhas. “Vou a Florianópolis quinta-feira e sexta voltamos a conversar para repassar o que foi decidido com os técnicos”, adianta o secretário.