Nota revela abismo entre privadas e públicas

Foto:Divulgação/Notisul
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Kalil de Oliveira
Tubarão

Se fossem dois times em uma partida de futebol, o placar entre escolas particulares e públicas na área de abrangência da Amurel seria 10 x 1. Pelo menos é o que indica a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 e divulgada na última terça-feira.

Para o gerente regional de Educação em Tubarão, Jaime Ondino Teixeira, parte desta diferença está no aluno.  “A maioria faz alguma atividade durante o dia, trabalha, e às vezes não tem tempo exclusivo para estudar. Isso não quer dizer que a qualidade do nosso ensino não seja tão boa quanto a da escola particular. Em muitas escolas o professor é o mesmo”, argumenta.

Das cinco notas divulgadas (veja 4 tabelas abaixo), analisando-se apenas redação, em uma lista de 624 escolas de Santa Catarina, Tubarão tem a escola com a 28ª colocação e 1ª na região Sul do estado: o Colégio São José, que é particular. A escola pública da Amurel melhor colocada é de Imbituba, a EEB Eng Annes Gualberto, que fica na 173ª colocação pelo mesmo critério, seguida pela EEB NS de Fátima, de Rio Fortuna, na 190ª posição e segunda melhor nota entre as públicas em18 municípios.

O professor de História da EEB NS de Fátima, Ambrósio Hertd, revela que ele e os colegas já utilizam há alguns anos a estratégia de aplicar com os alunos questões aproveitadas do Enem em anos anteriores. “É uma prova que cobra muita contextualização, mas a nossa escola é extremamente organizada e tem uma equipe que está junta há muitos anos, com pouca rotatividade. Isso faz a diferença”, avalia.

Em uma comparação  entre a melhor e a pior nota na Amurel, a disparidade é de 28,9%, ou seja, 677,5  do Colégio São José contra 418,2 da Escola Maria Duarte Vasconcelos, de Sangão. Segundo os dados nacionais, o desempenho subiu em redação e ciências humanas, mas caiu em matemática; linguagens, códigos e suas tecnologias e natureza e suas tecnologias.