Não há risco de novos desabamentos

Estragos com a queda da laje tiveram proporções consideráveis  -  Foto:Drones Sul/Divulgação/Notisul
Estragos com a queda da laje tiveram proporções consideráveis - Foto:Drones Sul/Divulgação/Notisul

Jailson Vieira
Tubarão

Preocupação, tensão e medo, esses sentimentos tomaram conta dos moradores da Travessa Antônio Prudêncio, na Vila Moema, em Tubarão, nesta terça-feira, quando a laje do último andar do edifício da Pró-Vida em construção desabou por volta das 22h30min. Partes da estrutura de concreto danificaram carros, casas e romperam a fiação da iluminação pública e muitos destroços caíram em cima de uma residência ao lado.  

Após o desabamento, os moradores dos dois prédios próximos foram retirados de suas residências e aconselhados a passar a noite em outro local. Ontem, o secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Marques, e o engenheiro responsável pela edificação, Jailson Colombi vistoriaram o local. Colombi garantiu que a estrutura da obra não teve comprometimento, portanto não há risco de novos incidentes.

De acordo com o secretário, como não há perigo de desabamento, os moradores voltaram para os seus lares no fim do dia. “A empresa iniciou os trabalhos de limpeza da área, recuperação da estrutura e, como não há riscos, os moradores puderam retornar às suas casas. Os serviços de reparação poderão levar alguns dias até que tudo volte à normalidade”, garante Rafael.

A circulação pela Travessa Antônio Manoel Prudêncio continuará suspensa e a rua ao lado, Francisco Regis, teve a liberação para o tráfego de veículos e pedestres. “Apenas quatro moradores não puderam voltar para as suas casas. Dois deles residem ao lado do prédio em uma construção de alvenaria que foi danificada, e os demais em uma casa nos fundos que, por medida de segurança, ainda não poderão retornar”, esclarece o secretário.

Clínica médica irá ressarcir os eventuais prejuízos
O prédio em construção pertence à Clínica Pró-Vida, que há mais de 24 anos desempenha as suas funções em Tubarão. O diretor administrativo da unidade de saúde, Fábio Vandresen, afirmou que assim que os responsáveis pelo prédio souberam do ocorrido, procuraram interditar o local e desta forma garantir a integridade dos moradores e daqueles que circulam pela Travessa Antônio Manoel Prudêncio. “Acionamos o engenheiro, Jailson Colombi, e estamos mais tranquilos por não ter ocorrido algo mais grave. Pedimos sinceras desculpas pelo episódio e afirmamos que todos os danos causados serão ressarcidos. Como a estrutura não foi comprometida, o planejamento seguirá normalmente”, destaca. O prédio possui oito andares e a laje que veio ao chão era da parte superior do edifício, no qual havia sido colocada no fim da tarde desta terça-feira. Chovia muito quando ocorreu o desabamento e o material que sustentava a parte do concreto não conseguiu sustentar o peso e foi ao chão. “Queremos dar celeridade em nossas ações, mas infelizmente essas coisas demoram. O veículo de um morador próximo a construção já está na mecânica e em breve pretendemos sanar todos os prejuízos”, explica.


Fábio Vandresen garantiu que após a reestruturação do local, os trabalhos serão retomados

Vizinhos viveram momentos de tensão
Moradora de um prédio atrás da construção, Sônia Rocha lembra o ocorrido e conta que todos entraram em pânico com o barulho estrondoso. “Parecia um terremoto. Eu lembrava daquelas cenas de filmes de fim do mundo. Escutamos o barulho, faltou energia e logo em seguida pediram para sairmos do prédio. Na hora, pensei que não iria ver mais ninguém. Todos ficamos apavorados e com muito medo”, observa.
Aproximadamente 30 pessoas precisaram deixar as suas moradias, os estragos foram consideráveis. Felizmente, ninguém ficou ferido. Após o acidente, os bombeiros monitoraram o local durante toda a madrugada de ontem. A vizinha de frente da edificação Ruth Menezes afirmou que nunca viu nada parecido. Ela que estava assistindo televisão e foi surpreendida com o estouro. “Era uma mistura de trovão, relâmpago, estilhaço e granizo, pensei que minha casa viria abaixo com a força”, afirma.


Sônia Rocha (D) contou que ela e sua mãe ficaram em pânico com o ocorrido

Estragos
Carros que estavam na rua e nas garagens próximas à construção ficaram danificados. Com a queda da laje e das madeiras, a energia elétrica foi rompida. Os moradores próximos à edificação ficaram sem luz e precisaram pernoitar na casa de amigos e parentes.

Segurança do local
Com a garantia que tudo voltaria à normalidade e que não havia mais riscos de desabamento, a empresa GIPV Construção LTDA, por meio do engenheiro Jailson Colombi, responsável pela edificação garantiu a segurança. Cavaletes foram colocados para impedir a circulação de veículos e pessoas. Seguranças da empresa ficarão próximos ao prédio.